O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta quarta-feira o republicano Jeff Sessions para o cargo de procurador-geral do país. Sessions foi indicado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em meio a acusações de racismo e foi aprovado pelo Senado por 52 votos contra 47.
O nome do senador pelo Alabama enfrentou forte resistência dos democratas, por suas posições conservadoras e uma polêmica envolvendo comentários racistas no passado. Durante a sabatina no Senado, Sessions afirmou que as alegações de que seria simpático à seita de supremacia branca Ku Klux Klan são “odiosamente falsas”.
Indicado para o principal cargo da promotoria no país, o senador já teve sua nomeação para juiz federal recusada, em 1986, por dúvidas em relação às suas posições em assuntos raciais. Na época, colegas denunciaram que ele teria dito que achava que os membros da KKK eram “legais, até descobrir que eles fumavam maconha”.
Na sessão que debateu a indicação de Sessions, senadores republicanos impediram que a senadora democrata Elizabeth Warren lesse uma carta escrita há trinta anos por Coretta Scott King, viúva de Martin Luther King. Warren realizava a leitura do documento, contendo duras críticas ao republicano, quando foi interrompida por Mitch McConnell, senador da maioria republicana. Segundo McConnell, a carta questionava a conduta de Sessions, o que não seria admitido pela Lei 19, que proíbe aos senadores atribuírem “a outro senador ou a outros senadores qualquer conduta ou motivo indigno ou inconveniente”.