"> TJ mantém prisão de jornalista que cobrava até R$ 600 mil em extorsão – CanalMT
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TJ mantém prisão de jornalista que cobrava até R$ 600 mil em extorsão

Sávio Saviola

Por cobrar até R$ 600 mil para não publicar reportagens e ainda assim violar o uso da tornozeleira eletrônica, o Tribunal de Justiça manteve a prisão preventiva do empresário Antônio Carlos Milas de Oliveira, proprietário do Grupo Milas de Comunicação que produz o jornal semanário Centro Oeste Popular e ainda é responsável pela administração dos sites Notícias Max e Brasil Notícias.

A decisão foi dada pela Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça no dia 22 deste mês em julgamento de mérito de uma liminar do desembargador Luiz Carlos Ferreira da Silva.

A defesa conduzida pelo advogado Artur Barros de Freitas Osti sustentou que não havia mais necessidade de manter a prisão preventiva de Antônio Carlos Milas de Oliveira, pois a instrução processual da ação penal em que é réu já foi concluída.

Ainda foi solicitada a possibilidade de avaliar o cumprimento de medidas cautelares alternativas como o uso de tornozeleira eletrônica e outras como a prisão domiciliar, uma vez que, Antônio Carlos Milas de Oliveira tem um pai de 82 anos que precisa de acompanhamento em razão da idade avançada.

Entretanto, os desembargadores Luiz Carlos Ferreira da Silva, Gilberto Giraldelli e Juvenal Ferreira da Silva firmaram o entendimento de que a prisão preventiva é necessária diante da comprovação de que Antônio Carlos violou medidas cautelares.

“A segregação cautelar do paciente revela-se necessária para a garantia da ordem pública, em razão da gravidade concreta das condutas supostamente praticadas por ele e para evitar sua reiteração delitiva, uma vez que existem elementos que demonstram sua renitência na prática de atos ilícitos e descumprimento das medidas cautelares diversas da prisão que lhe foram impostas”, diz um dos trechos da decisão.

A primeira prisão de Antônio Carlos Milas de Oliveira ocorreu no dia 12 de março de 2016, quando foi deflagrada pela Polícia Civil a Operação Liberdade de Extorsão.

Naquela ocasião, também foram presos preventivamente seus dois filhos, Max Feitosa Milas e Maycon Feitosa Milas e os jornalistas Antônio Peres Pacheco e Naedson Martins da Silva.

Após ganhar liberdade, Antônio Carlos Milas de Oliveira foi preso novamente.

Desta vez no mês de novembro por reincidência, pois mesmo monitorado com o uso de tornozeleira eletrônica, agiu para extorquir financeiramente um empresário em R$ 600 mil para não publicar reportagens em seus veículos de comunicação.


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