O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a Polícia Federal investigar o deputado federal Ezequiel Fonseca pela suspeita de compra de votos na eleição de 2010, quando concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa e saiu vitorioso com votação superior a 20 mil votos. A decisão foi dada no dia 27 deste mês pelo ministro Marco Aurélio de Mello , que atendeu pedido da Procuradoria Geral da República.
Um dos depoimentos é do assessor parlamentar Genes Gregório de Oliveira e outros dez servidores nomeados para desempenhar função comissionada no gabinete de Ezequiel Fonseca na Assembleia Legislativa a partir de fevereiro de 2011, quando tomou posse como deputado estadual.
A investigação trata da suspeita de compra de votos por meio da concessão de casas populares por meio de programas do governo federal como o ‘Minha Casa Minha Vida’, ‘Morar Melhor’ e ‘Meu Lar’.
Para comprar votos nesta modalidade, Ezequiel Fonseca tinha o apoio do presidente da Câmara Municipal de Cáceres daquela época, o vereador Alvasir Ferreira Alencar (PP).
A Assembleia Legislativa já forneceu a relação dos servidores lotados no gabinete de Ezequiel Fonseca no período de fevereiro de 2011 a janeiro de 2015.
A Prefeitura de Cáceres já remeteu as informações prestadas pela Secretaria Municipal de Ação Social, com a lista dos favorecidos com imóveis residenciais relacionados ao programa habitacional Minha Casa Minha Vida e ressaltou que não houve entrega ou sorteio de imóveis nos programas habitacionais.
Por meio de petição, Ezequiel Fonseca apresentou manifestação, afirmando haver apenas a prática do crime de denunciação caluniosa, cometido contra si. Porém, a Procuradoria Geral da República entendeu que existem elementos suficientes para prosseguir com a investigação.