Candidato derrotado ao governo do Estado nas eleições de 2014, o petista Lúdio Cabral é suspeito de ter sido favorecido com caixa 2 na campanha eleitoral, utilizando dinheiro liberado pela empreiteira Odebrecht.
O nome de Lúdio Cabral aparece na relação de políticos em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, autorizou a abertura de investigação.
Como não detém foro privilegiado, a investigação contra Lúdio Cabral ficará a cargo da Procuradoria Regional da 3ª Região. Isso porque pesa a suspeita de intermediário do dinheiro de caixa 2 em favor da campanha do petista em Mato Grosso foi o atual prefeito de Araraquara (município do interior de São Paulo), Edinho da Silva.
O nome de Lúdio aparece na delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar. De acordo com ele, o recurso em questão foi destinado ao financiamento da campanha de 2014, quando o ex-vereador petista disputou o cargo de governador.
O suposto valor enviado pela construtora via caixa 2 para Mato Grosso não foi divulgado.
Outros oito petistas passarão a ser investigados pela suspeita de favorecimento com o dinheiro da Odebrecht.
Na relação, estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. O nome destes aparece em delação de Emilio e Marcelo Odebrecht, que falaram sobre caixa 2 para a campanha de 2012.
Serão apuradas denúncias também contra os ex-ministros Aloizio Mercadante e Alexandre Padilha, os ex-deputados federais José Genoino e João Paulo Cunha, além do ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho e o ex-tesoureiro da legenda Paulo Ferreira.
O mato-grossene Blairo Maggi, atual Ministro da Agricultura, também foi alvo de inquérito.