Quase 65 mil pacientes foram atendidos nos três primeiros meses deste ano de 2017, pelas duas unidades de saúde pública que funcionam 24 horas todos os dias da semana em Várzea Grande, que são o Hospital Pronto Socorro Municipal – HPSM e a Unidade de Pronto Atendimento – UPA IPASE.
Fora isto, relatório interno da Secretaria Municipal de Saúde com a série histórica de cobertura da Atenção Básica, demonstra que as ações preventivas da saúde pública saltaram de 27,61% em 2012 para 42,79% em 2016, sendo que o período de maior crescimento foi entre 2015 e 2016 quando subiu de 32,15% para 42,79%, justamente quando a administração municipal foi assumida pela atual prefeita Lucimar Sacre de Campos.
O Hospital e Pronto Socorro atendeu a 35.958 pacientes realizando mais de 145 mil procedimentos (consultas, exames, vacinas, entre outros), uma média de 4 atendimentos por paciente. Já a UPA IPASE atendeu 28.849 pacientes e realizou 91.872 procedimentos, uma média de 3 atendimentos por paciente.
Essas duas unidades realizam a política portas abertas para todos que procurarem as unidades de saúde da segunda maior cidade de Mato Grosso e que compõem a Rede Pública local.
“Estes números demonstram que estamos no caminho certo e reforçando uma das áreas mais essenciais para a população que necessita do Sistema Único de Saúde – SUS”, disse a prefeita Lucimar Sacre de Campos apontando que com a crise econômica, milhares de trabalhadores que perderam seus empregos ou diminuíram sua renda migraram dos planos de saúde privados para o público.
Lucimar Campos frisou que nos dias de hoje, 80% dos recursos aplicados em saúde são privados, mas atendem apenas 20% da população, enquanto que 20% dos investimentos são públicos, mas atendem a 80% da população.
“Houve uma inversão na pirâmide da saúde pública no Brasil e isto exige de nós gestores públicos mais investimentos e maiores cuidados. Em Várzea Grande chegamos em 2016 a mais 26% das Receitas Correntes Líquidas – RCL aplicados na área de saúde pública, quando a lei determina uma aplicação de 15%”, frisou ela.
O secretário municipal de Saúde, Diógenes Marcondes, assinalou como essencial os esforços da administração municipal para com a Atenção Básica que evita a superlotação no Hospital e Pronto Socorro e na UPA. “Do total de pessoas atendidas pela UPA IPASE nos meses de janeiro, fevereiro e março que somaram 28,8 mil pacientes e 91,8 mil procedimentos entre consultas, exames, vacinas, aerossol entre outros, temos 20,5 mil pacientes classificados pelas cores azul ou não urgente e cores verde, pouco urgente que poderiam ter seus casos solucionados nas outras unidades de Atenção Básica”, explicou o secretário.
Diógenes Marcondes frisou que os procedimentos mundialmente adotados para atendimento de saúde e que são classificados para o Hospital e Pronto Socorro e a UPA IPASE são de urgência (cor amarela) e emergência (cor vermelha) e não urgente (cor azul) e pouco urgente (cor verde). “Quando os pacientes procuram essas duas unidades de saúde e são classificados pelas cores azul e verde, ou seja, não urgente e pouco urgente, acabam tendo seus atendimentos protelados o que leva a uma demora em função daqueles pacientes classificados como cor amarela (urgência) e vermelha (emergência) que tem preferência no atendimento”, disse o secretário de Saúde.
Segundo ele, quanto maior forem os investimentos e a conscientização tanto da população, quanto dos profissionais da área de saúde melhor será, pois, os resultados a serem alcançados promoverão uma saúde realmente de qualidade.
“Estamos melhorando a nossa própria atuação para que a classificação de risco por cor e estado do paciente, que é feita pela enfermagem, seja mais eficiente no Sistema de Regulação – SISREG que permitirá no futuro que as consultas sejam agendadas e o usuário do SUS seja atendido no horário certo para se evitar os atropelos nas unidades de urgência e emergência como o Hospital e Pronto Socorro e a UPA, sendo que para isto utilizaremos de campanhas educativas quanto as Unidades Básicas de Saúde e também capacitando os profissionais de urgência e emergência para que toda a atenção seja destinada apenas e tão somente para os casos mais prementes”, explicou Diógenes Marcondes.
GRANDE CRISTO REI
A priorização dos investimentos na saúde pública em Várzea Grande, segundo a prefeita Lucimar Sacre de Campos é para fazer frente ao déficit nos recursos públicos federais e estaduais.
“Existe um déficit crescente na aplicação dos recursos públicos dos Governos Federal e Estadual, isto tem exigido do Tesouro Municipal o aporte ainda mais de recursos acima dos 15% previstos em lei, por isso temos conseguido avançar nos resultados”, disse a prefeita anunciando para maio a inauguração da reforma total da Policlínica do Cristo Rei e o lançamento das obras da UPA Cristo Rei.
Segundo o titular da pasta de Saúde, desde 2015 já foram totalmente reformadas e entregues as Policlínicas dos bairros Parque do Lago, Marajoara e 24 de Dezembro e agora em maio será inaugurada a Policlínica do Cristo Rei.
“Também deverá ser reformada a Policlínica do Jardim Glória, já que as obras da UPA Cristo Rei estão estimadas para ficarem prontas em até 12 meses, portanto, só para o primeiro semestre de 2018 as mesmas deverão ser entregues a população. Com certeza o desempenho da UPA Cristo Rei será tão eficiente quanto o da UPA IPASE o que desafogará ainda mais o Hospital e Pronto Socorro Municipal, outra unidade que ainda em 2017 estará 100% reformada e equipada”, disse Diógenes Marcondes.
UBS
No que diz respeito as 13 Unidades Básicas de Saúde que estão com suas obras paralisadas por decisão da Controladoria Geral da União – CGU, o secretário Diógenes Marcondes, frisou que a unidade implantada entre os bairros São Simão e Ouro Verde estão com suas obras retomadas e também deverá ser inaugurada em maio durante as festividades do Jubileu 150 Anos de Fundação de Várzea Grande.
“Quando a prefeita Lucimar Sacre de Campos assumiu em maio de 2015, a primeira medida adotada, já que essas obras estavam paralisadas, foi prestar todas as informações necessárias ao Tribunal de Contas de Mato Grosso – TCE/MT, que terá a palavra final, quanto as responsabilizações decorrentes de eventuais desvios cometidos em gestões anteriores, buscando solucionar o impasse”, disse o secretário.
Para o secretário, agora está se aguardando e preparando a retomada das mesmas dentro de um planejamento exequível e que possa ser cumprido pela administração municipal, pois são 13 unidades que demandam investimentos em pessoal da área médica e administrativa, em equipamentos e mobiliários.
“Caminhamos na busca de uma saúde melhor para todos. Falar que é a ideal ainda não é possível, mas estamos trabalhando para que essa realidade seja alcançada para atender Várzea Grande e sua gente”, disse o secretário Diógenes Marcondes que sinaliza ser uma missão dura diante das dificuldades financeiras, mas estimulantes por causa da postura e da determinação da prefeita Lucimar Campos em melhorar este setor tão fundamental para a população.