Depois de ver seu nome citado em matérias publicadas pela imprensa mato-grossense no contexto das delações de ex-executivos da empreiteira Odebrecht investigados na Operação Lava Jato, a deputada estadual Janaina Riva (PSD) recorreu ao Instagram e publicou um “textão” onde se defende atestando que não tem nada a ver com a operação nacional que investiga o maior esquema de corrupção e pagamento de propinas já revelado na política brasileira.
A parlamentar reclama que vem sendo achincalhada por matérias publicadas onde constam que ela é citada na Operação Lava Jato.
De fato, Janaina, o irmão dela José Geraldo Riva Júnior e o empresário Valdir Agostinho Piran foram citados em um inquérito da Operação Lava Jato de junho de 2016 onde o procurador-geral da República Rodrigo Janot pede a prisão preventiva do doleiro Lúcio Bolonha Funaro por conta de seu envolvimento com o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB).
No documento, o Ministério Público Federal (MPF) atribui a Funaro crimes de lavagem de dinheiro praticados por meio de empresas de fachada das quais era dono, entre elas a Viscaya Holding Participações, Intermediações, Cobranças e Serviços que teria pago um débito no valor de R$ 300 mil para a empresa Floresta Viva Exportação de Madeira Terraplanagem, que está em nome de Janaina Riva e seu irmão.
O documento, bem como as publicações na imprensa não afirmam que a parlamentar é investigada na Lava Jato, mas citada num inquérito da operação pelo fato de sua empresa ter mantido relações comerciais com um investigado na Lava Jato.
Em sua publicação feita na tarde desta terça-feira (18), Janaina esclarece que o inquérito que cita Lúcio Funaro não se refere à Lava Jato. “É sobre a operação Cui Bono, sobre a qual o meu pai, ex-deputado José Riva, já prestou todos os esclarecimentos ao Ministério Público Federal. Mesmo esclarecendo tudo isso, as pessoas continuam a propagar e serem repetidoras de inverdades. O fato é, nunca participei de decisão nenhuma dessa empresa”, enfatiza a parlamentar.
Após a divulgação de trechos do inquérito, a deputada se manifestou afirmando que embora a empresa esteja no nome dela e do irmão é o pai deles, José Riva, que sempre administrou a empresa. Agora, ela destaca ainda que na época da operação que teve Funaro como alvo ela ainda nem ocupava cargo público.
“Eu não era sequer deputada. Nunca usei da influência do meu cargo para obter benefício algum. Eu sou, como meus irmãos e minha mãe são, sócios dessa empresa da qual meu pai era procurador. Dizer que sou investigada na Ararath? Como isso é possível? Nunca fui chamada pra falar sobre. Vejo muita gente denunciada no estado, muita gente delatada que não tem a mesma ênfase e muito menos a proporção que as notícias têm quando tratam de mim”, critica a parlamentar na publicação.
Confira íntegra do texto publicado por Janaina
Boa tarde, pessoal! Senta que lá vem textão novamente…. Há dias tenho sido achincalhada por matérias veiculadas na imprensa e que afirmam que sou CITADA na Operação Lava Jato, a inquisição de todas as operações. Pois bem, enviei uma nota dizendo que não tenho NADA A VER com a Lava Jato, mas os veículos de comunicação e pessoas induzidas ao erro por manchetes tendenciosas, propagam inverdades pela internet e pasmem, já até me condenaram por um crime e investigação ao meu respeito que sequer existem.
Aliás esse inquérito que cita o Lúcio Funaro e é trazido nas matérias por suposta triangulação financeira com a empresa Floresta Viva, de propriedade da minha família, não se refere à Lava Jato, é sobre a operação Cui Bono, sobre a qual o meu pai, ex-deputado José Riva, já prestou todos os esclarecimentos ao Ministério Público Federal. Mesmo esclarecendo tudo isso, as pessoas continuam a propagar e serem repetidoras de inverdades. O fato é, nunca participei de decisão nenhuma dessa empresa.
Eu não era sequer deputada. Nunca usei da influência do meu cargo para obter benefício algum. Eu sou, como meus irmãos e minha mãe são, sócios dessa empresa da qual meu pai era procurador. Dizer que sou investigada na Ararath? Como isso é possível? Nunca fui chamada pra falar sobre. Vejo muita gente denunciada no estado, muita gente delatada que não tem a mesma ênfase e muito menos a proporção que as notícias têm quando tratam de mim.
Quando optei pela vida pública, nunca pensei que fosse ser fácil. Nunca pensei que seria “leve como a brisa” ser ” a diferentona” no meio de tantos colegas. A mais jovem, a única mulher, a 2ª mais votada e um legado de apoiadores gigantesco. Ao contrário do que muitos pensam, poderia sim fazer parte do governo se optasse por isso. Um ano acompanhando a gestão atual e vi que nada tinha mudado com relação aos governos anteriores. Não quero participar de “mais do mesmo”.
Denúncias de corrupção em tempo record, caixa 2, tudo em menos de um ano. Um caixa gordo pra ser gasto com mídia, que ao invés de mostrar os feitos da gestão, é usado como uma metralhadora contra aqueles que se opõe ao governo. Não é teoria da conspiração, é o que acontece de fato!