Durante debate a respeito da votação do relatório da CPI das Obras da Copa que veio a ser adiada novamente na sessão de terça-feira (25), o deputado estadual Zeca Viana (PDT) levantou suspeitas de que um parlamentar teria recebido propina das empreiteiras responsáveis pelas obras do VLT para amenizar o relatório final que defende a rescisão do contrato mantido com o governo do Estado.
Embora não tenha citado ninguém nominalmente, Zeca Viana afirmou que a tentativa de mudança do relatório final da CPI das Obras da Copa só não foi concretizada pela base governista após sua intervenção.
O parlamentar declarou na tribuna que o Consórcio VLT “já roubou o que tinha que roubar” durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
“Temos que levar esse deputado que está suspeitando que pegaram dinheiro e fazer ele se explicar ao Ministério Público porque essas alterações foram feitas”, disse.
Ao ouvir a acusação de Zeca, o líder do governo, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM) reagiu e pediu a quebra de decoro do colega por fazer acusações sem provas.
“Gostaria que ele citasse nomes, pois é uma grande quebra de decoro acusar e não provar até para que seja levado ao Ministério Público. Tudo que está no relatório foi aprovado por todos os membros da CPI sem nenhuma mudança. Quero ir junto levar ao MP o nome para que isso seja esclarecido”, reclamou.
Acuado, ao final da sessão, Zeca Viana mudou o discurso. Ele explicou que um dos servidores que atuaram na consultoria da comissão, que custou cerca de R$ 3 milhões, que teria levado a propina para isentar o consórcio de responsabilidade em falhas na execução das obras do VLT.