Cuidadora de crianças é agredida a socos em pizzaria, depois que cliente se irrita porque filha caiu em parquinho. Agressões ocorreram na noite do feriado de 21 de abril, em estabelecimento localizado no centro de Várzea Grande e foram registradas pelas câmeras de segurança da empresa. O agressor, ao sair, ainda disse que iria no carro buscar uma arma de fogo e voltaria para matá-la.
O alvo foi a cuidadora Vilma Aparecida da Silva, 46, que sofreu lesões no rosto depois de ser atingida por um soco violento. A agressão foi denunciada pela vítima que ainda registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil e foi submetida a exame de corpo delito. As imagens foram encaminhadas para a Polícia.
Vilma narra que haviam várias crianças na área reservada à recreação infantil, quando a mãe da menina que estava em um dos brinquedos se levantou da cadeira e chamou a filha, que aparenta ter entre dois e três anos. Ao ouvir a mãe a criança foi descer rapidamente do brinquedo, quando a criança caiu e feriu levemente o rosto. A cuidadora neste momento estava do lado oposto, com outras crianças.
Antes da mãe entrar no reservado ela foi até a menina e a levantou. A mulher pegou a criança no colo e saiu quando o marido, também entrou e já passou a ofender a cuidadora. Vilma diz que ele se aproximou e inicialmente passou a ofendê-la com palavras de baixo calão, com ofensas morais.
Ela virou as costas e tentou ignorar as agressões, quando o cliente então passou a ofender a mãe dela, com o mesmo palavreado. Vilma admite que perdeu o controle ao ver a mãe de 75 anos sendo ofendida daquela forma e foi para cima do agressor, que era bem mais alto. Ela o empurrou e em seguida foi atingida por um soco no rosto. Ainda tonta, disse que tentou acertá-lo com chutes.
A mulher dele, com a criança no colo, se colocava entre eles, até que um segurança do estabelecimento interveio e levou o agressor para fora. Foi neste momento que o acusado disse que iria até o veículo para buscar uma arma de fogo e voltaria para matar ela.
A Polícia Militar foi acionada e como demorou, a vítima se deslocou até a Central de Flagrantes e registrou a ocorrência. Mas em decorrência das ameaças, ela deixou de voltar ao trabalho, que se estende entre a noite e madrugada, por medo de sofrer represálias e até ser morta pelo desconhecido.
O trabalho é o meio de subsistência dela, da filha de 19 anos e da mãe de 75. Vilma é mãe da estudante Katinayane Jaine da Silva Zolin, que foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), no dia 1º de novembro, às vésperas e fazer a prova do Enem.
Praticamente desenganada pela equipe médica já no primeiro dia de internação, a jovem superou todos os problemas e, no dia 31 de dezembro, obteve alta médica. Após 60 dias hospitalizada ainda hoje se submete a sessões de fisioterapias para superar as sequelas do AVC.
Em decorrência da gravidade do quadro, a mãe abandonou o trabalho e passou a viver em função da única filha, acompanhando nas sessões e consultas.
A família humilde sobrevive basicamente de doações e dos dois salários mínimos da avó de 75 anos, que é pensionista.(Silvana Ribas, do GD)
Veja o vídeo: