O governo Dilma Rousseff (2011-2016) investigou, por meio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), líderes indígenas e organizações não governamentais contrários a grandes empreendimentos na Amazônia, como as usinas de Belo Monte e Tapajós.
Relatórios da Abin tiveram seu sigilo levantado e foram transcritos no texto final da CPI da Funai e do Incra por decisão do relator, Nilson Leitão (PSDB-MT), coordenador da Frente Parlamentar da Agropecuária do Congresso.
O tucano não questionou a espionagem; pelo contrário, utilizou trechos dos papéis em seu relatório, que pede o indiciamento de dezenas de índios, antropólogos e procuradores que atuam em defesa dos direitos indígenas.
ESCRAVIDÃO
NOs últimos dias, Leitão ganhou destaque com a proposta da reforma para trabalhadores rurais no Brasil. No projeto, ele admitiu que os trabalhadores tivessem descontado dos salários a moradia e refeições durante horário de trabalho.
A proposta gerou críticas de segmentos sociais e partidos de oposição. Porém, um dos principais líderes do PSDB no Brasíl, também criticou o projeto de Leitão, considerando uma “loucura” a propositura.
Diante das críticas, ele decidiu retirá-lo para “melhor discussão”.