Os agentes de tributos da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), André Neves Fantoni e Alfredo Menezes Matto Júnior tinham o plano de assassinar Walter de Souza Junior, diretor da empresa Caramuru Alimentos.
Ambos foram presos pela Polícia Civil em razão da suspeita de cobrar propina de até R$ 1 milhão para reduzir uma dívida da Caramuru Alimentos no valor de R$ 6 milhões para R$ 315 mil.
Um dos trechos da decisão assinada pela juíza Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, o advogado Themystocles Ney de Azevedo de Figueiredo relatou ao Ministério Público que o agente de tributos, André Neves Fantoni, declarou a Alfredo Menezes Mattos Júnior, que queria matar Walter de Sousa Júnior.
No depoimento aos promotores de Justiça, o advogado disse que entendeu a mensagem como forma de coação para que ele não denunciasse o esquema, já que em outra oportunidade André havia dito que é possível matar e simular um acidente.
“Ademais, os representados teriam partido para abordagens mais incisivas, chegando ao ponto de André Neves Fantoni ter comentado com o colaborador (Themystocles) que Alfredo teria dito que estaria querendo matar o funcionário da empresa Caramuru, Walter. O Colaborador Themystocles declarou, ainda, acreditar que André teria lhe dito isso no intento de intimidá-lo, já que em outra oportunidade teria declarado que ‘…hoje em dia tem gente que simula acidente de trânsito para matar as pessoas’”, diz trecho da decisão.