A juíza substituta da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes negou no dia 12 deste mês pedido de revogação da prisão preventiva do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e do seu ex-chefe de gabinete Silvio César Corrêa de Araújo.
Também tiveram o pedido negado o ex-secretário adjunto de Administração, José Nunes Cordeiro, o ex-secretário adjunto de Transportes e Pavimentação Urbana, Valdisio Julianoi Viriato e o procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima.
Para justificar a prisão, a magistrada diz que é necessária para garantir a integridade física das testemunhas e dos colaboradores e serve como meio de garantir que o sentimento de impunidade não sirva como mola propulsora para a reiteração criminosa.
“Nesse ponto, como bem salientou o Juízo Natural “nenhuma outra medida cautelar é capaz de produzir os efeitos desejados e suficientes à garantia da ordem pública, da colheita isenta da prova e da aplicação da lei penal”, diz um dos trechos da decisão.
Essas prisões preventivas estão relacionadas a quinta fase da Operação Sodoma da Polícia Civil deflagrada no dia 19 de fevereiro deste ano.
De acordo com as investigações, uma organização criminosa foi montada no governo do Estado e teria cobrado propina de empresários, entre os anos de 2011 e 2014, para fraudar licitações e manter contratos com uma empresa de fornecimento de combustível que abastecia a frota do governo do estado e com uma empresa de informática.
Ao todo, o grupo teria desviado R$ 8,1 milhões das secretarias de Administração (extinta SAD e atual Secretaria de Gestão) e de Transporte e Pavimentação (extinta Setpu e atual Secretaria de Estado de Infraestrutura).