"> Ex-servidora e suposta amante de ex-secretário inventa ameaça de Arcanjo contra Taques – CanalMT
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Ex-servidora e suposta amante de ex-secretário inventa ameaça de Arcanjo contra Taques

FolhaMax

O GCCO (Grupo de Combate ao Crime Organizado) investigou em março de 2015 uma denúncia que tratava de uma suposta “trama” contra o governador Pedro Taques (PSDB), que envolveria o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Ainda não se sabe se a denúncia tratava de uma ameaça física ou contra a carreira política do chefe do executivo. “Os presentes autos foram inaugurados mediante portaria datada de 25 de março de 2015, para apurar fato tipificado inicialmente como crime de ameaça e organização criminosa, eis que este delegado de polícia recebeu informações via telefone dando conta de que estaria sendo arquitetado um plano para trazer sérios problemas a o governador do nosso estado, Pedro Taques, não sendo claro o suficiente se prejudicando o governo ou atentando contra sua vida”, diz relatório assinado pelo ex-titular do GCCO, delegado Flávio Stringuetta.

A denúncia envolveu na trama a ex-servidora Tatiana Sangalli, suposta amante do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques; a filha de Arcanjo, Kelly Arcanjo Ribeiro Zen; o jornalista José Marcondes “Muvuca”, e uma servidora da Casa Civil, identificada como Caroline Mariana dos Santos;

Durante as investigações, o delegado representou à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, pela escuta telefônica dos denunciados. Ele citou que informações de ameaças de Arcanjo ao governador devem sempre ser investigadas. “É de conhecimento de todos a atuação do governador que levaram Arcanjo ao seu exílio carcerário e à sua derrocada, não sendo de se duvidar que este mantenha grande mágoa contra aquele”, justificou o delegado no pedido.

A magistrada deferiu o pedido. Foram alvos das interceptações Tatiana Sangalli, Kelly Arcanjo, José Marcondes “Muvuca”, a servidora da Casa Civil e ainda o namorado de Tatiane, F.B.

Porém, com as interceptações, o delegado chegou a conclusão de que não se tratava de um suposto atentado a vida do governador, mas sim de comprometimento a sua carreira política. Ele chegou a pedir o continuação das gravações das conversas dos envolvidos.

Ao continuar com as gravações, Stringuetta concluiu que não existia trama alguma contra o governador Pedro Taques. O “alvo” era o então secretário da Casa Civil, Paulo Taques.

As gravações apontaram envolvimento direto de Tatiana Sangalli, que deixou claro uma mágoa com o primo do governador. “O que mais foi útil ao que se pretendia foi mesmo a interceptação das ligações telefônicas dos alvos principais, principalmente Tatiana Sangalli, que nos acabou revelando que sua intenção não era atentar com a vida do nosso governador, mas pelo visto, criar problemas para Paulo Taques, que segundo ela, a abandonou a própria sorte assim que assumiu esse novo cargo na Casa Civil”, assinalou.

Ao final do relatório, o delegado insinua que as gravações tenham comprometido o então secretário Paulo Taques. “Caso seja de entendimento do MPE e juízo, pode ser os áudios compartilhados com a Delegacia Fazendária no ponto em que há acusações contra o chefe da Casa Civil, Paulo Taques, para uma investigação mais aprofundada sobre eventuais falcatruas atribuídas a ele”, alerta.

GRAVAÇÕES ILEGAIS

A Procuradoria Geral da República investiga um esquema de escutas ilegais no Estado. Tanto Tatiana Sangalli, como Muvuca e a filha de Arcanjo foram interceptados de maneira ilegal, com base em pedidos feitos pela Polícia Militar em investigação sobre uma quadrilha de traficantes. Este esquema é denominado “barriga de aluguel”.

Além deles, outras pessoas também foram alvos, como a deputada estadual Janaina Riva (PMDB) e o advogado José do Patrocínio. Um assessor

OUTRO LADO

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que as gravações realizadas acerca desta investigação foram feitas com a devida autorização judicial. Além disso, destacou que os alvos foram devidamente identificados no pedido judicial.

Íntegra da nota:

A Polícia Judiciária Civil esclarece que os fatos divulgados na imprensa referente à operação policial denominada “Querubim”, que tramitou pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), foi realizada com a devida autorização judicial, respeitando todos os parâmetros legais.

Todas as pessoas interceptadas foram devidamente identificadas nas investigações, sem uso de codinomes e de qualquer artifício que induzisse a erro o Poder Judiciário e o Ministério Público Estadual.

A Polícia Judiciária Civil repudia toda e qualquer ação que se valha de ferramentas investigativas para atender a interesses ilegais.

No cenário atual de dúvidas, é necessário fortalecer o respeito e a presunção de boa-fé das instituições, caso contrário, os verdadeiros inimigos da sociedade, aqueles que caminham a margem da lei, serão fortalecidos.


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