O ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto (PSDB), desistiu de prestar novo depoimento nos autos da ação penal relativa à Operação Rêmora na qual é acusado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de integrar um esquema de cobrança de propina e fraude em licitação para favorecer empreiteiras em contratos públicos.
O reinterrogatório solicitado pela defesa estava marcado para segunda-feira (22), mas houve desistência. Havia a expectativa de que Permínio Pinto viesse a admitir crimes e detalhar a rota do dinheiro desviado, diante da estratégia de reduzir a pena numa eventual sentença condenatória diante das confissões.
Inicialmente, a defesa de Permínio Pinto solicitou que o reinterrogatório fosse adiado, uma vez que, não houve tempo hábil para levantar todos os dados necessários a respeito do esquema de fraudes em licitações e pagamento de propinas. No entanto, esse pedido foi negado pela Justiça.
Diante disso, a defesa do ex-secretário argumentou que não seria possível prestar um novo depoimento sem que todos os dados fossem levantados.
O juiz Jurandir Florêncio de Castilho Junior, , que atua em substituição à juíza Selma Arruda na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, alegou que não seria possível postergar a audiência e homologou a desistência do ex-secretário.
“Considerando que se trata de processo de réu preso, que não pode ficar indefinidamente sem solução, bem como que já se passaram quase 06 (seis) meses da data de seu interrogatório, prazo mais que suficiente para o levantamento das informações que pretendia trazer, indefiro o pedido referente à redesignação do ato e homologo o pedido de desistência do reinterrogatório formulado pela defesa do acusado Permínio Pinto Filho”, assinalou.
O magistrado determinou que a ação penal seja encaminhada para a fase de alegações finais. Todos os réus terão o prazo de 10 dias para se manifestar. A partir daí, a ação penal será encaminhada para a fase de sentença.