A suspeita de que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) tenha recebido até R$ 30 milhões a título de propina pelo grupo JBS Friboi é investigada em inquérito criminal no Ministério Público Estadual (MPE) conduzido pela promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco. As investigações estão em segredo de Justiça.
Em depoimento à Procuradoria Geral da República (PGR) em razão de um acordo de colaboração premiada firmada nos autos da Operação Lava Jato, o empresário Wesley Batista revelou que pagou propina de R$ 10 milhões ao ex-governador Silval Barbosa no período de 2012 a 2014 em decorrência de um crédito tributário ilegal na ordem de R$ 73,6 milhões.
Ainda no depoimento, Wesley Batista revelou que todo o pagamento da propina foi detalhado a promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco em 2015.
Na esfera cível, foi proposta uma ação civil pública por improbidade administrativa requerendo o bloqueio de R$ 73,6 milhões de Silval Barbosa e dos ex-secretários de Estado, Pedro Nadaf, Marcel de Cursi e Edmilson dos Santos. Porém, posteriormente foi firmado um acordo no qual a empresa devolveu R$ 360 milhões aos cofres públicos de Mato Grosso.