"> Nadaf usou propina para comprar fazenda em Poconé – CanalMT
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Nadaf usou propina para comprar fazenda em Poconé

Kayza Burlin

Em depoimento ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 5 de setembro, o ex-secretário de Estado Pedro Nadaf admitiu aos promotores de Justiça que utilizou R$ 500 mil desviado dos cofres públicos para a aquisição de um terreno de aproximadamente 700 hectares no município de Poconé.

A quantia recebida a título de propina se deve a sua participação na compra fraudulenta de um terreno pelo governo do Estado na região do Manso, o que culminou em um desvio de R$ 7 milhões dos cofres públicos.

O esquema foi investigado pelo Gaeco e veio a tona com a Operação Seven deflagrada em fevereiro de 2016.

Nadaf ainda revelou que registrou o terreno adquirido com a propina foi registrado em um nome de um “laranja” por conta de problemas conjugais daquela época.

Trata-se de Marcos Amorim da Silva, que é diretor do Serviço Social do Comércio (Sesc), , e apontado como um dos seus homens de extrema confiança.

“Que o interrogado usou parte de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) que coube a sua pessoa nesse esquema para adquirir uma propriedade rural de cerca de 700 hectares no município de Poconé-MT, no início do ano de 2014; Que o referido imóvel, em que tenha sido adquirido pelo interrogando foi colocado em nome de Marcos Amorim da Silva (diretor do Sesc)”, diz um dos trechos do depoimento.

Em seguida, Nadaf assegura que Marcos Amorim, embora tenha aceitado ser “laranja”, não tinha conhecimento de que a transação financeira para a compra do terreno envolveu dinheiro desviado dos cofres públicos ao qual recebeu a título de propina.

“Ressalta que Marcos Amorim da Silva por ser colega de trabalho do interrogando de longa data e seu amigo, o qual ainda cuidava do investimento do interrogando no ramo de pecuária, concordou em figurar como procurador do imóvel tendo em vista ter o interrogando dito a ele que não poderia aparecer como dono do bem por conta de problemas conjugais que estava tendo com sua companheira. Que em momento algum o interrogando contou a Marcos Amorim da Silva que o dinheiro usado na compra dessa fazenda era oriundo de desvio de dinheiro público”, concluiu


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