O senador José Medeiros (PSD) atribuiu ao Partido dos Trabalhadores (PT) e seus aliados a responsabilidade pelos atos de vandalismo na Esplanada dos Ministérios em Brasília na tarde de quarta-feira (24).
“Por trás dessa história de Diretas Já, tem um Volta Lula do tamanho deste Congresso aqui. É a vontade louca de que venham as eleições diretas para tentar emplacar o Lula, sabe por quê? Com medo de ele ser preso”, disse.
A declaração foi dada em discurso na tribuna do Senado. Medeiros se dizia inconformado com os atos de vandalismo dos quais foi registrado incêndios na área interna dos ministérios da Agricultura, Planejamento e Cultura.
Apesar do incêndio, não houve registro de feridos ou mortos. Entretanto, o presidente da República Michel Temer (PMDB) convocou as Forças Armadas para garantir a segurança da sede dos ministérios e do Palácio do Planalto.
Medeiros associou a violência dos manifestantes às forças políticas que, em sua avaliação, patrocinaram escândalos de corrupção gigantes como os desvios bilionários da Petrobrás e que empurraram o país para a mais grave recessão econômica de sua história, superando apenas índices dos ex-presidentes Floriano Peixoto que enfrentou guerras civis e Fernando Collor de Mello que recebeu a “herança maldita”, que correspondia a uma inflação superior a quatro dígitos.
Em tom crítico, Medeiros também cobrou decência dos partidos de oposição e criticou a estratégia de partidos da oposição como o PT e o PCdoB de incentivar sindicatos a promover manifestações que descambam para o lado da violência.
“Estão pagando gente para vir a Brasília e destruir a Esplanada dos Ministérios e quebrar tudo”, completou.
No discurso, Medeiros, que é policial rodoviário federal devidamente aprovado em concurso público, ainda fez a defesa dos polícias que atuaram na repressão aos protestos.
“Da penúltima vez, houve um policial que levou flechada, outro levou uma facada, e nenhuma palavra sobre a polícia. O que eles queriam? Que a polícia saísse do caminho e deixasse quebrarem toda a Esplanada dos Ministérios?”, questionou.