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Vou embora pra Nova Zelândia

Don João VI, antes partir para Portugal, chamou o seu filho Pedro e disse para ele : põe a coroa na sua cabeça antes que algum aventureiro lance mão. D. Pedro retrucou e disse: eu não mereço isto! Este País não tem saída! Este diálogo está no livro de Laurentino  Gomes de nome – 1822.

Dom Pedro ficou e pôs a coroa na sua cabeça e partiu para um esforço imenso de  unificar o País,  até que não aguentou mais e partiu para Portugal, deixando para seu filho menor o pepino.

De lá para cá o Pais vem claudicando entre períodos de estabilidade e golpes e mais golpes, sem encontrar um rumo seguro. Após o último golpe de estado, estamos vivendo um conturbado período e não encontramos ainda uma saída segura.

Os últimos anos governado pela chamada esquerda deixou uma herança pesada que desaguou na  deposição da última presidente eleita pelo voto popular. Ressalte-se que não descobrimos ainda se continuamos com a esquerda inepta, estatista e ineficiente ou com a direita precursora da economia de mercado para onde pende todo o mundo civilizado.

Com a destituição, acima referida, assumiu constitucionalmente o vice-presidente que estava tentando e tomando decisões para dar um rumo ao País, após um mar de malfeitos e corrupções endêmicas do governo anterior.

Não é que “entrou água” no Governo do Vice. E agora, após uma duvidosa e curiosa “armação”, o acusam de está envolvido num rumoroso episódio de corrupção, o que irá inviabilizar tudo que ele vinha fazendo.

Não pensaram no País ao armar este circo. Aos pivôs da armação – que corromperam meio mundo e se locupletaram com a crise por eles provocada –  o Poder Judiciário deu férias nos EUA,  onde construíram um império as custas do dinheiro de empréstimos amigáveis junto ao  BNDES. E de lá os ladinos devem está rindo de todos nós.

Haja fôlego! Teremos que começar tudo outra vez! O dólar e a inflação irão subir. As reformas não serão concluídas. Os investidores se afastarão do País. A população ficará insegura sem saber o que fazer. Vai agravar o mercado de empregos, já no fundo do poço.

O consumo irá diminuir ainda mais e abismo ficará a um passo. E agora José?  – A festa acabou. A luz apagou…. Com a chave na mão, quer a abrir a porta,  não existe porta….Sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José! José,  para onde! – (Drumond).

Não tenho mais paciência e nem nervos para ficar aqui neste mar de incertezas. Vou procurar um porto seguro para mim e para minha família. Vou-me embora!   Um amigo está de mudança para Nova Zelândia.

Ele já esteve lá e disse que lá é um paraíso de paz. Lá tem emprego. Lá se come e se bebe com tranquilidade. E se dorme com as portas e as janelas abertas.

A saúde é gratuita e educação até a universidade, também é. Não tem crise. Não tem inflação e o que se ganha dar para viver em paz. Chega de sofrer! Não tenho mais o que fazer aqui! Adeus!

Renato Gomes Nery é advogado em Cuiabá


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