A defesa do empresário Alan Malouf ingressou com pedido para que a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, reconsidere a decisão que negou revogar a prisão domiciliar.
O argumento explorado pela defesa conduzida pelo advogado Huendel Rolim é que o Malouf tem contribuído espontaneamente com as investigações, inclusive admitindo sua parcela de responsabilidade no último depoimento dado em juízo na quinta-feira (8).
Durante o interrogatório, Malouf declarou que contribuiu com R$ 2 milhões em caixa 2 a campanha do governador Pedro Taques (PSDB) nas eleições de 2014 e ainda que o ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, juntamente com o deputado estadual Guilherme Maluf e o deputado federal Nilson Leitão, todos do PSDB, foram favorecidos com o esquema de desvio de dinheiro público.
Taques nega veementemente que tenha sido favorecido com dinheiro ilegal na campanha eleitoral, a exemplo dos demais citados.
Malouf alega ter entrado na quadrilha por incentivo do empresário Giovani Guizardi, delator do esquema que foi solto no final de novembro, depois de ter passado sete meses preso.
Ele foi preso em dezembro do ano passado e solto nove dias depois, durante o plantão judiciário.
A prisão domiciliar foi decretada em maio, atendendo parcialmente ao pedido do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Na oportunidade, a juíza Selma rejeitou a solicitação de que houvesse prisão preventiva contra o empresário.
No ano passado, Malouf se apresentou voluntariamente à Justiça, após ter um mandado de prisão emitido durante a deflagração da terceira fase da operação Rêmora, denominada “Grão Vizir”.