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Bancada federal de MT reuni com BNDES e anunciam investimentos para o Estado

Da Redação

“Um banco como o BNDES não pode ficar demorando a dar respostas aquilo que ajuda a desenvolver. E não tem nada que mais ajuda a desenvolver Mato Grosso do que a viabilização do transporte moderno, seja rodoviário ou ferroviário”. A afirmação foi feita pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Paulo Rabello de Castro, ao se reunir nesta quarta-feira, 14, com os senadores Wellington Fagundes (PR), José Medeiros (PSD) e com o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP) representando a bancada federal.

O novo presidente do BNDES anunciou  que será desenvolvida uma ‘agenda múltipla’ de desenvolvimento para o Estado, com a disposição do banco de retomar os financiamentos de uma série de grandes projetos na área de infraestrutura, como rodovias, ferrovias e hidrovias. Essa agenda, segundo ficou acertado na reunião, deverá ser lançada oficialmente no dia 1º de outubro, em Rondonópolis, região Sudeste do Estado. Nesse mesmo dia está previsto o lançamento do Censo Agropecuário.

A pedido dos parlamentares, em nome da bancada federal, Rabello de Castro adiantou que o BNDES vai trabalhar para disponibilizar os financiamentos a longo prazo para a continuidade das obras de duplicação dos 800 quilômetros da  BR-163, ligando a divisa de Mato Grosso do Sul a Sinop, no Norte do Estado. Os representantes da bancada fizeram questão de destacar a importância da conclusão da obra e lembraram das dificuldades que a empresa concessionária, a Rota do Oeste, vem enfrentando para conseguir a liberação do chamado financiamento a longo prazo.

O banco também pretende se envolver na modernização da ferrovia que liga Mato Grosso ao Porto de Santos, que enfrenta dificuldades para promover o escoamento da produção em função dos gargalos na passagem dos trilhos no Estado de São Paulo. Nesse mesmo modal, o presidente do BNDES anunciou que deve apresentar no lançamento da ‘agenda múltipla’ proposta para extensão dos trilhos de Rondonópolis a Cuiabá e daí até encontrar com os trilhos da Ferrogrão – que já integra os estudos do banco – para formar um amplo canal de escoamento da produção, com saída para os Portos do Arco Norte e ao Sudeste.

Dentro da ‘agenda múltipla’ de desenvolvimento para Mato Grosso, o BNDES também deve anunciar em 1º de outubro uma forte atuação na área aeroportuária. Segundo Paulo Rabello, o desenvolvimento desse segmento logístico é fundamental para Mato Grosso em função das longas distâncias que precisam ser percorridas com rapidez.

“Mato Grosso tem capacidade para ser, além de potência agrícola e ambiental, também uma  potência comercial e de serviços” – disse o presidente do BNDES, que anunciou ainda a implantação em Cuiabá de uma representação do banco para se colocar mais perto das demandas.

Entusiasmados, os senadores Wellington Fagundes e José Medeiros emitiram declaração conjunta em que manifestaram satisfação com os resultados da reunião e também pelo desejo expressado pelo novo presidente do BNDES em destravar os investimentos reivindicados pelo Estado. Além da competitividade, a ‘agenda múltipla’ de desenvolvimento do BNDES deverá ajudar na geração de emprego e de oportunidades.

Reconhecido defensor do desenvolvimento da logística, Wellington destacou que Mato Grosso é o Estado que mais desenvolve no Brasil. “É um Estado que  tem muito ainda a produzir para o bem do país, tanto nas commodities agrícola como na produção mineral. E o grande gargalo é justamente a infraestrutura” – disse Wellington Fagundes, ao defender a multimodalidade como medida fundamental para o Estado.

O deputado Ezequiel Fonseca, por sua vez, fez questão de destacar, como exemplo, a viabilização da Hidrovia Paraguai-Paraná como nova saída de escoamento da produção do Oeste do Estado, a partir da implantação da ligação entre a cidade de Cáceres e o Porto de Morrinhos.

Um dos críticos do banco pela demora que havia na liberação de financiamentos, o senador José Medeiros disse que agora o que se presencia é uma guinada de 180 graus do BNDES: “É o BNDES na essência, preocupado com o desenvolvimento e quando se fala em desenvolvimento tem tudo a ver com Mato Grosso” – acrescentou o senador do PSD, ao lembrar que o Estado tem uma produtividade maior que os Estados Unidos, mas acaba perdendo em competitividade pelo fato dos americanos terem modais mais estruturados. “O BNDES se mostra interessado no desenvolvimento do interior do Brasil” – salientou.


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