O promotor Edinaldo dos Santos Coelho, do Ministério Público Estadual, instaurou um inquérito civil para investigar possíveis atos de improbidade administrativa em um contrato firmado entre a Associação Intermunicipal dos Produtores e Beneficiários da Rodovia MT-338 e a empresa Guaxe Construtora Ltda. A empresa é uma das investigadas pela Polícia Federal, na Operação Ararath.
A rodovia, conhecida como Estrada da Baiana, liga o Distrito de Ana Terra, em Tapurah, a Itanhangá.
O contrato refere-se às obras de terraplenagem e pavimentação na MT-338, no ano de 2013, no valor de R$ 22.179.159,31, durante a gestão Silval Barbosa (PMDB), tocadas pela antiga Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu). Ela fazia parte do programa “MT Integrado”.
Porém, a obra ficou paralisada por cerca de 6 anos e retomou apenas em maio deste ano, já na gestão de Pedro Taques (PSDB). A previsão é de que a obra seja entregue até o final deste ano.
O prazo para a conclusão do inquérito civil é de um ano, a contar da instauração, que ocorreu no último dia 26 de junho.
OPERAÇÃO ARARATH
A construtora Guaxe, com sede em Tangará da Serra, foi alvo da 3ª fase da “Operação Ararath”, deflagrada em dezembro de 2013. Ela é acusada de fazer empréstimos junto ao Bic Banco a pedido do grupo que comandava o Estado è época.
Essas empreiteiras efetuavam o pagamento com recursos de contratos de obras que mantinham com o governo do Estado. Isso envolvia acertos de passivos antigos a receber, e aquisições de precatórios cartas de crédito que eram posteriormente liquidados pelo Estado.
Além disso, a compra da construtora Encomind por parte da Guaxe também foi investigado no âmbito da operação.