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Governo pode “vender” divida de MT para Banco Mundial

Da Redação

Os secretários de Fazenda, Gustavo de Oliveira, e de Planejamento, Guilherme Muller, se reuniram nesta quarta-feira com representantes do Banco Mundial (Bird) que, no período da tarde, foram recebidos pelo governador Pedro Taques. O encontro, realizado em Cuiabá, deu início às tratativas para a possível participação da instituição financeira como apoiadora na elaboração de programas voltados às políticas públicas e, consequentemente, na liberação de empréstimos que possam subsidiar a implementação de reformas estruturais para Mato Grosso.

Na reunião desta quarta-feira os secretários apresentaram aos representantes do Bird uma panorâmica sobre a situação de Mato Grosso. Entre os assuntos, foram abordados os problemas fiscais enfrentados pelo Estado, o que incluiu o deslocamento do crescimento entre a receita e a despesa, e o pacote de ações em estruturação pelo Executivo, o que engloba a lei do teto de gastos a ser encaminhada ao Legislativo.

O economista-chefe do Bird para o Brasil, Antônio Nucifora, e o economista sênior, Fabiano Colbano, sinalizaram positivamente o interesse do banco em apoiar os programas do Governo de Mato Grosso e uma segunda reunião deverá acontecer no final de julho, desta vez também com presença da equipe técnica da instituição financeira. “Nesse primeiro momento mostramos um pouco do panorama atual com apontamentos sobre o que o governo do Estado quer fazer para alcançar o ajuste fiscal e voltar a fazer investimentos em áreas prioritárias. No segundo encontro detalharemos essas informações e o diagnóstico com a estruturação dos gastos”, pontua o secretário Gustavo de Oliveira, ao acrescentar que “estamos trabalhando um regime de fiscalização fiscal que tem como macro-objetivos restabelecer o equilíbrio fiscal e dar sustentabilidade fiscal às políticas públicas e também retomar a capacidade da gestão em conseguir fazer manutenções nas suas unidades”, afirma o secretário Guilherme Muller.

A possibilidade de compra da dívida do Bank of America pelo Bird também teve uma conversa inicial nesta primeira reunião. “Existe essa possibilidade de reestruturação, mas vai depender do pacote de ajustes que iremos fazer”, informa o secretário de Fazenda sobre a dívida de cerca de U$S 1 bilhão.

Da parte do Banco Mundial, serão apresentadas alternativas com prazos de pagamentos menores e mais alongados, mas em qualquer uma delas os juros serão menores que os atuais 5% pagos pelo Governo do Estado.


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