Adolescente de 12 anos acusada de dar substância química corrosiva para colega de 11, foi ouvida pela delegada Anaíde Barros, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), de Cuiabá, e alegou que um menino deu o líquido para que ela desse para a vítima.
Segundo a delegada, a versão é “fantasiosa”, e acredita na culpa da menor, que foi ouvida na presença da mãe e de equipe multidisciplinar da delegacia. A estudante de 11 anos permanece internada no Pronto-Socorro Municipal, com lesão no esôfago, causado pela ingestão da substância, limpa alumínio e soda cáustica, em 27 de junho.
A adolescente disse nas declarações que o presente seria de um garoto para a vítima, que seria namorada desse menino. A adolescente ainda contou que o menino estava com ciúmes da vítima, que andava conversando com outros garotos.
Questionada porque havia saído de Cuiabá com a filha, a mãe disse a delegada que ficou com medo da repercussão e que embora a filha nega, seu comportamento a põe em dúvida.
Ambas as garotas estudam na Escola Municipal Francisco Pedroso da Silva, e foram juntas para casa, em ônibus coletivo, no dia do ato infracional de tentativa de homicídio. No ponto do coletivo, a menor ofereceu o líquido da garrafinha que portava para a colega, alegando ser vinho.
Menina chegou em casa babando, com a boca inchada e foi levada pela mãe para unidade de saúde no Pascoal Ramos, de onde foi transferida para o Pronto-Socorro Municipal. Desde então, se alimenta através de sonda.
Na Delegacia, a adolescente falou que logo que a vítima tomou o líquido sua boca inchou, mas depois desinchou.
A delegada Anaíde Barros também informou que o laudo pericial confirmou queimadura química, com lesões no esôfago e que aguarda liberação médica para ouvir a vítima. “Ainda vamos ouvir testemunhas e aguardamos para falar com a vítima”, finalizou. (Com informações PJC)