Considerado uma das principais vozes da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Zeca Viana (PDT) não descarta a possibilidade de concorrer a um cargo majoritário nas eleições de 2018, que seria a disputa ao governo do Estado ou Senado.
Ainda que considere um suicídio político ser candidato ao governo do Estado ou Senado, o parlamentar não descarta a possibilidade de viabilizar sua candidatura.
“A candidatura majoritária é um suicídio, vai depender tudo de uma composição, vai depender do espaço, eu digo o seguinte, se deixar uma frestinha aberta na porta, eu entro”, disse.
O projeto de candidatura em Mato Grosso seria para apoiar o projeto nacional do PDT que deseja lançar a candidatura à Presidência da República do ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes, o que levaria a necessidade de ter palanque próprio nos Estados.
Diante disso, o deputado Zeca Viana, que é presidente do diretório estadual do PDT, avalia que é mais viável ao partido uma candidatura ao governo do Estado. “O nosso objetivo maior é o governo do Estado, temos que ter a responsabilidade e apresentar o melhor nome para a sociedade mato-grossense. Até as eleições, podemos trabalhar nomes dentro do partido”, destaca.
A candidatura de Ciro Gomes é considerada no plano nacional uma alternativa se concretizada a impossibilidade de o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não obter o registro de candidatura.
O petista foi condenado nesta quarta-feira (12) pelo juiz federal do Paraná Sérgio Moro a 9 anos e seis meses de cadeia por receber propina de R$ 2,2 milhões da empreiteira OAS por meio de um tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, empreendimento que ainda recebeu melhorias a mando de Lula.
Se confirmada em segunda instância, Lula será considerado ficha suja, pois a lei complementar 135/2010, a popular lei da ficha limpa, barra a candidatura dos condenados em órgãos colegiados.
Um dos principais entusiastas da campanha do governador Pedro Taques nas eleições de 2014, o deputado Zeca Viana diz que seu antigo aliado não atendeu as expectativas da população mato-grossense.
“Eu andei quatro anos junto com governador Pedro Taques, levando uma mensagem para o eleitor, para o cidadão mato-grossense que o Pedro Taques era o melhor candidato para governar nosso Estado, e infelizmente a gente se enganou, por que ele demostrava uma coisa antes da eleição e depois de eleito demostrou outra”, criticou.
O parlamentar ainda avalia que o comportamento do governador de não manter conversas com seus antigos aliados políticos gera um suicídio político, o que poderia comprometer sua reeleição. “Foi uma questão dele, um suicídio dele mesmo, porque ele tinha tudo para fazer um grande governo da história de Mato Grosso, e não soube aproveitar a oportunidade que o povo deu e a oportunidade que ele tinha nas mãos na hora”, concluiu