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PSDB está dividido em denúncia contra Temer, diz Nilson Leitão

Kayza Burlin

O presidente do diretório estadual do PSDB, deputado federal Nilson Leitão, afirmou que a bancada do partido na Câmara dos Deputados está dividida com relação ao voto que será dado na sessão do dia 2 de agosto em que 513 deputados irão decidir se autoriza ou não o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se acata ou rejeita o pedido de abertura de ação penal contra o presidente da República Michel Temer (PMDB) pela suspeita do crime de corrupção passiva.

A denúncia oferecida pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, se baseou em um áudio do empresário Joesley Batista, um dos sócios proprietários do grupo J&F que chefia a JBS Friboi.

Leitão defende abertamente a permanência do PSDB na base aliada do governo federal por acreditar que são relevantes ao país a recém-sancionada reforma trabalhista e a reforma da previdência tida como prioridade pelo Palácio do Planalto.
Na última quinta (13.07), por 41 votos favoráveis, 24 contrários e uma abstenção, a Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados rejeitou o parecer pela admissibilidade das denúncias contra Michel Temer formulada em relatório do deputado federal Sérgio Zveiter (PMDB-RJ).

Para autorizar a abertura de um processo penal contra o presidente da República pela Suprema Corte, é necessário o aval de, no mínimo, 342 dos 513 deputados federais. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já programou a sessão para o dia 2 de agosto. Ou seja, somente após o recesso parlamentar.

“O PSDB está dividido hoje com opinião diversas, a minha opinião é a favor que ele fique neste momento, encerrando as reformas e depois do julgamento da Câmara poder fazer qualquer tipo de atitude, mas depois disso, do julgamento pelos deputados federais” declarou Nilson Leitão.

Questionado se acredita que o presidente Michel Temer possa vir superar o desgaste de três denúncias criminais que serão submetidas a Câmara dos Deputados, conforme estratégia adotada pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, Leitão afirma que é necessário ter prudência e não violar as regras de um processo como a antecipação de uma condenação.

“Uma denúncia não pode ser confundida com sentença. O devido processo legal precisa ser reiteradamente respeitado”, prega.

Com relação às articulações do Palácio do Planalto para autorizar emendas e assim assegurar o apoio da maioria da Câmara dos Deputados, o que atingiria até R$ 1,8 bilhão, e a promessa do governo federal de condicionar o apoio da bancada de Mato Grosso a uma liberação de R$ 115 milhões que é uma divida reivindicada pelo governo do Estado, Leitão nega qualquer articulação neste sentido.

“Isso foi uma agenda minha. Se o papel do parlamentar agora, for reivindicar coisa para o Estado for compra de voto, de apoio, vamos todos parar de trabalhar né, vamos todos ficar de férias até a Justiça decidir o que vai fazer com cada um, nós temos que continuar trabalhando” defendeu.

O parlamentar ainda rebateu qualquer insinuação a respeito da coincidência de uma reunião da bancada federal com o presidente Michel Temer assegurando que a liberação dos R$ 115 milhões é reivindicada pelo Estado desde 1985.

“Isso está sendo negociado desde 1985, fizemos essa reunião há quatro meses, há três meses, e o Ministério da Agricultura só conseguiu agendar para este dia. Não se pode parar, não pode parar o Congresso, se parar vocês vão cobrar”, completou.


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