"> Eike Batista nega pagamento de propina a Eduardo Cunha e Lúcio Funaro – CanalMT
Reprodução/Globo News

Eike Batista nega pagamento de propina a Eduardo Cunha e Lúcio Funaro

Último Segundo - iG

Em depoimento à Justiça Federal nesta segunda-feira (17), o empresário Eike Batista negou ter efetuado pagamento de propina para obter recursos do FI-FGTS (Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para a LLX, empresa integrante de seu grupo empresarial e que foi criada para investir no Porto do Açu, em São João da Barra, no norte do Rio de Janeiro.

De acordo com informações publicadas pelo jornal “Folha de S.Paulo”, Eike Batista negou que tivesse relações com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e com o doleiro Lúcio Funaro. Ambos estão presos desde o ano passado em decorrência das investigações da Operação Lava Jato.

O depoimento do empresário foi ouvido na condição de testemunha do doleiro. Eike e Funaro foram citados em depoimentos da delação premiada de Alexandre Margotto, que afirmou que Eike pagou propina a Cunha e Funaro para conseguir a liberação dos recursos.

Segundo a reportagem da “Folha”, Eike negou que tivesse relações com Cunha e Funaro, mas admitiu ter dado carona ao ex-deputado em seu avião. O empresário negou que Cunha tenha interferido na liberação dos recursos do FI-FGTS para a LLX. Ele argumentou que era presidente do conselho de administração de seu grupo empresarial e que esse tipo de assunto era tratado por executivos da companhia.

Delação premiada

Eike está negociando um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República). A expectativa é de que os depoimentos do empresário atinjam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-ministro Guido Mantega e o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB).

Conforme noticiado pelo jornal “Folha de S.Paulo”, Eike deve relatar o lobby feito por Lula em favor de sua companhia. Segundo o empresário, entretanto, o ex-presidente não recebeu propina pela defesa de seus interesses.

Poderão vir à tona informações detalhadas sobre o que Eike Batista já havia revelado à Lava Jato em depoimento no ano passado, sobre o repasse de R$ 5 milhões ao marqueteiro João Santana – valor que teria sido utilizado no abatimento das dívidas que foram decorrentes da campanha do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

 


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