Ainda lidando com o episódio dos grampos telefônicos ilegais, o governador Pedro Taques (PSDB) exonerou o secretário da Casa Militar, o coronel Evandro Alexandre Lesco, e também secretário adjunto da Casa Militar, Ronelson Jorge de Barros.
Outro que foi exonerado é o cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior, que tinha a função de assessor técnico na Casa Militar.
Os atos administrativos foram publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou nesta quarta-feira (26).
Os três estão presos preventivamente por decisão da Justiça pela suspeita de participação rm um esquema de escutas telefônicas ilegais. Lesco e Barros estão detidos desde o dia 23 de junho e Correa desde o dia 23 de maio.
Em um primeiro momento, Taques determinou o afastamento dos três militares alegando que confiava no trio e acreditava que nenhum deles teriam participação no esquema de arapongagem.
Porém, no dia 17 deste mês, o procurador geral de Justiça, Mauro Curvo, denunciou os militares a Justiça pelos crimes de falsidade ideológica, prevaricação, ação militar ilícita e falsificação de documentos.
Eles ainda deverão responder a processo disciplinar e responder a outras ações penais, uma vez que, ser existe uma investigação pela Polícia Civil e outra na Procuradoria Geral da República. Ontem, Correa foi transferido da unidade da Rotam em Cuiabá para o Centro de Custódia.
Ele e outros coroneis presos em unidades militares foram flagrados com privilégios. Correa chegou ao ponto de deixar a prisão à noite para ir a boate Crystal e também fazer cobrança de dívidas pela internet.
Os três exonerados perdem apenas o acréscimo salarial em função dos cargos comissionados. Ou seja, Correa continuará recebendo mensalmente cerca de R$ 8 mil e Lesco e Ronelson cerca de R$ 19 mil.