"> Vagões em excesso do VLT garantiria propina de R$ 18 milhões a Silval – CanalMT
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Vagões em excesso do VLT garantiria propina de R$ 18 milhões a Silval

Sávio Saviola

A decisão administrativa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em comprar antecipadamente os vagões do VLT (Veículo Leve Sob Trilhos) pelo valor de R$ 497 milhões serviu unicamente para atender ao seu interesse pessoal de receber propina da empresa espanhola CAF Engenharia em até R$ 18 milhões.

Houve a compra de 40 vagões para gerar retorno de parte do dinheiro público e assim garantir propina ao peemedebista.

É apontado que houve excesso de 10 vagões, uma vez que o VLT pode ser operacionalizado com 30 vagões.

Atualmente, esses vagões estão parados em um depósito em Várzea Grande localizado próximo ao Aeroporto Marechal Rondon.

As informações constam no relatório da Polícia Federal que subsidiou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para requerer a Justiça Federal a deflagração da Operação Descarrilho na quarta-feira (9).

O número superior ao necessário foi identificado numa auditoria produzida pela KPMG, empresa contratada na gestão do governador Pedro Taques (PSDB) para avaliar a viabilidade de implantação do VLT.

“O dimensionamento da frota de vagões do VLT nos cenários analisados indicou que são necessários menos de 40 vagões por, pelo menos, 20 anos de operação do VLT em todos os cenários e, em 2012, foram comprados 40 vagões(…)É importante registrar que o estudo de 2013 também concluiu que o número de vagões comprados superava a necessidade operacional do VLT para atender a demanda projetada no respectivo estudo”, diz um dos trechos.

Em janeiro deste ano, em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), o ex-secretário de Estado Pedro Nadaf disse que Silval Barbosa desejava conhecer o sistema financeiro da Suiça diante da possibilidade de manter R$ 8 milhões de euros.

Além disso, o ex-governador estava disposto a cobrar propina de 3% dos valores liberados pelo Estado de acordo com o avanço das obras atestados por medições.

Em depoimento aos procuradores da República, o ex-governador confirmou a cobrança de propina, mas assegura que o pagamento da propina pela CAF Engenharia não foi concretizado mesmo após sucessivas reuniões em Cuiabá, Brasília e São Paulo.


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