Menos de 24 horas depois de conseguir um habeas corpus dado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, deixou o Centro de Custódia da Capital (CCC), por volta das 15h30 desta sexta-feira (10), após passar 7 dias preso sob acusação de participação no esquema de grampos telefônicos ilegais.
Ele deixou a unidade prisional acompanhado por advogados e “escoltado” por Renato Martins, ex-comandante da Polícia Militar no governo do finado Dante de Oliveira. Martins se apresentou como um “amigo” de Taques.
Além do coronel PM reformado, um agente penitenciário e dois advogados do ex-secretário também tentaram “blindá-lo” da imprensa. O primeiro, fazendo escolta entre o portão e o carro, que aguardava Taques na porta da cadeia. Os demais, saíram da unidade e passaram a dar entrevista aos jornalistas ao lado do portão, na tentativa de desviar o foco e deixar passagem livre para seu cliente.
Paulo Taques não quis fazer qualquer declaração aos jornalistas que aguardavam nas imediações do Centro de Custódia sob o sol quente por várias horas. Alegou que na semana que vem ele comenta o assunto dos grampos e sua prisão, que foi determinada pelo desembargador Orlando de Almeida Perri, relator de uma notícia-crime movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) para investigar o esquema de escutas ilegais também no âmbito do Ministério Público Estadual (MPE)