O Tribunal de Justiça designou o juiz Marcos Faleiros para atuar na 7ª Vara Criminal de Cuiabá em conjunto com a juíza Selma Arruda.
Anteriormente, o juiz Marcos Faleiros respondia pela 11ª Vara de Crimes Militares da Comarca de Cuiabá, que agora será ocupada pelo juiz Murilo Mesquita.
Por outro lado, Faleiros continuará responsável pela coordenação, logística, diálogo com outros órgãos, equipe multidisciplinar e fiscalização dos procedimentos e rotinas nas audiências de custódia no âmbito da Comarca de Cuiabá.
A ida do magistrado foi oficializada em uma portaria publicada no Diário da Justiça nesta segunda-feira (14) e assinada pela desembargadora Marilsen Andrade Adarrio, que exerce provisoriamente a presidência do Tribunal de Justiça.
A designação foi dada em sede de requerimento feito pela juíza Selma Arruda que solicitava mais um assessor de gabinete para auxiliá-la, “sob o argumento de que a alta complexidade da competência atribuída à sua Unidade Judiciária implica em grande volume de trabalho”. Atualmente, tramitam 2002 processos.
A 7ª Vara Criminal de Cuiabá conduz processos criminais envolvendo organizações criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho (CV), ligadas ao tráfico de drogas, armas, assaltos a bancos e sequestros.
Ali também tramita os processos envolvendo crimes contra a administração pública, dos quais figuram como réus o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (sem partido), ex-secretários de Estado como Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, o procurador aposentado do Estado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, e empresários de prestígio na alta sociedade cuiabana como Alan Malouf e Valdir Piran.
Também tramita o processo relacionado a Operação Rêmora, considerado um dos primeiros escândalos da gestão do governador Pedro Taques (PSDB) que culminou na prisão preventiva do ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto (PSDB).
Caberá ao juiz Marcos Faleiros a responsabilidade em conduzir processos com numeração final par. Por conta disso, vai assumir ações penais relativas as operações Sodoma, Seven, Convescote e Zaqueus, todas relacionadas a crimes contra a administração pública.