O Governo do Estado analisa as possibilidades para aumentar os recursos para a Saúde pública diante da impossibilidade de aumento de impostos, uma vez que o Governo Federal já aumentou a alíquota cobrada no preço do óleo diesel.
Neste ano, o Executivo quitou o passivo de R$ 162 milhões com hospitais regionais e unidades de saúde, referente ao ano passado. Um dos projetos para evitar que novos atrasos ocorressem era a cobrança de dez centavos a mais no diesel, inviabilizado com a medida da União.
Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho Vieira, uma das medidas analisadas agora é um corte ainda maior nos gastos do Executivo.
“Precisamos sacrificar ainda mais as secretarias, diminuir o custeio e cortar contratos. A Saúde também precisa de uma gestão mais forte. Vamos cortar o osso. Tudo isso para arrumarmos o dinheiro novo necessário para a Saúde”, disse José Adolpho, nesta sexta-feira (11).
Ele explicou que algumas medidas já estão sendo tomadas, como a manutenção do horário reduzido dos servidores e de apenas programas de governo prioritários.
“O governador Pedro Taques [PSDB] já se reuniu com os secretários e apontou a necessidade de corte de gastos. Todos estão sabendo que a meta é reduzir o custeio ainda mais e isso está sendo trabalhado”, informou o secretário.
Ainda de acordo com José Adolpho, projetos que não foram implementados não sairão mais do papel. “Estão descartados”.
Entre os programas considerados prioritários para o Governo, e que serão mantidos, estão o Pró-estrada, de pavimentação de rodovias estaduais, e o Pró-família, que concede benefício de R$ 100 para famílias carentes.
O atraso nos repasses para a Saúde foi alvo de críticas de deputados estaduais no mês de junho. O Governo montou uma comissão, composta por secretários estaduais, deputados, prefeitos e vereadores de municípios do interior, para que novas formas de obtenção de recursos para o setor fossem analisadas.