O famoso diretor francês Roman Polanski (83) irá enfrentar a terceira acusação de abuso sexual contra uma menor. Sem dar maiores detalhes sobre o caso, a advogada da vítima – que não teve o nome revelado -, Gloria Allred, informou que dará uma coletiva de imprensa ainda nesta terça-feira (15). Ela também representa Charlotte Lewis, mulher que meses atrás acusou Polanski pelo mesmo crime, quando tinha apenas 16 anos e participava das filmagens do longa “Piratas” (dirigido por ele, em 1986).
A nova acusação surge 40 anos após o caso mais emblemático do diretor. Em março de 1977, Roman foi acusado de drogar e ter relações sexuais com Samanta Geiner, na época com 13 anos, durante uma sessão de fotos na casa do ator Jack Nicholson. Em acordo, o diretor confessou o crime sob a condição de cumprir uma pena de 3 meses na cadeia e fazer uma avaliação diagnóstica. No entanto, após 47 dias preso, ele pagou fiança e foi liberado. Polanski fugiu para a França em 1978, suspeitando que seria preso novamente. Desde então, nunca mais retornou aos Estados Unidos, sendo considerado um foragido da justiça.
O caso só voltou aos tablóides em 2009, quando ele foi preso em viagem à Suiça, a pedido das autoridades norte-americanas. O diretor ficou em prisão domiciliar até julho de 2010, quando a justiça suiça decidiu não extraditá-lo, por falta de provas. Desde então os seus advogados tentam resolver a questão, alegando que o seu tempo já preso nos Estados Unidos e Suiça saldou a pena restante. Curiosamente, em diversas oportunidades, a própria Samanta Geiner revelou ter perdoado o ator.
Sobre o caso mais recente, o advogado de Polanski, Harland Braun, disse que não iria comentar a acusação.