Diante das dificuldades enfrentadas para viabilizar sua candidatura à reeleição pelo PSD, o senador José Medeiros vai abrir diálogo na próxima semana para avaliar a possibilidade de filiação ao Podemos, o antigo PTN.
As conversas serão feitas com o senador paranaense Álvaro Dias, recém filiado ao Podemos e tido como candidato à Presidência da República nas eleições de 2018, juntamente com a presidente nacional da legenda, deputada federal Renata Abreu.
A decisão de Medeiros em avaliar a possibilidade de mudança de partido se deve a resistência interna enfrentada no PSD. O vice-governador Carlos Fávaro, que também é presidente do diretório estadual do partido, é considerado uma opção do PSD para concorrer ao Senado ou Câmara dos Deputados.
Isso porque, nos bastidores, já são feitas articulações que visam emplacar o empresário Eraí Maggi como vice-governador numa chapa encabeçada pelo governador Pedro Taques (PSDB), tido pelo grupo político como candidato natural à reeleição.
Ao mesmo tempo, Medeiros, que tem se destacado como vice-líder do governo no Senado, também já foi convidado formalmente a ingressar em outros partidos como PTB, DEM, PR e PMDB.
A mudança de partido torna-se ainda mais viável pelo entendimento pacificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de que a lei da fidelidade partidária, aquela que pune com a perda do mandato eletivo quem muda de partido, não se aplica aos detentores de cargos majoritários que são prefeitos, governadores, senadores e o Presidente da República.
Eleito suplente de senador pelo PPS, José Medeiros, que é Policial Rodoviária Federal devidamente aprovado em concurso público, herdou o mandato do atual governador Pedro Taques (PSDB).
O tucano renunciou ao mandato em dezembro de 2014 após exercer mandato de quatro anos como senador da República pelo PDT após ser vitorioso na disputa ao governo do Estado naquele ano.