O senador José Aparecido dos Santos (PR), o Cidinho, se posicionou acerca da gravação em que, supostamente, tenta convencer o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) a não firmar acordo de colaboração premiada. O áudio, gravado pelo próprio Silval no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), foi entregue à Procuradoria Geral da República (PGR) e é apontado como uma tentativa do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP).
Em um desabafo num grupo de WhatsApp, Cidinho declarou que sempre foi solidário aos amigos e busca apoiá-los quando passam por momentos difíceis. Em relação a Silval Barbosa, relatou que já havia sido gravado em agosto de 2015, quando ligou para o ex-governador para manifestar solidariedade por conta da prisão de sua esposa, Roseli Barbosa, durante a “Operação Ouro de Tolo, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado).
O senador afirmou que sempre teve uma relação próxima ao peemedebista e chegou a ser convidado para fazer parte do seu Governo, o que recusou por não concordar com os rumos que estava adotando. “Fui convidado várias vezes para participar do Governo do mesmo, mas recusei devido ter outras ocupações e não acreditar que o modelo de Governo implantado chegaria a um final feliz”, disse.
Sobre a visita ao ex-governador no CCC, o senador republicano explicou que sempre teve vontade de visita-lo, pois o considerava como amigo. Porém, recuou diante das notícias de que ele estaria propenso a firmar colaboração premiada. “Fiquei reticente em fazer tal visita e depois estar inserido em alguma situação de que eu não fazia parte”, colocou.
Cidinho explica que só decidiu visitar o ex-chefe do executivo após saber, pelo senador Wellington Fagundes (PR), que Silval apresentada quadro de “depressão” e estava doente. Wellington relatou que o ex-governador que, tanto Blairo Maggi, quanto ele, por quem tinha consideração não foram visita-lo ao longo de sua prisão.
“Diante do que o senador Welinton me disse, fiquei sensibilizado e disse que iria visitar o ex-governador. Entrei em contato com o Advogado do mesmo e marcamos a visita, tudo registrado no CCC”, frisou.
Na visita, segundo o senador, foi discutida a situação processual dele. Ele admite ter alertado Silval sobre a possibilidade dele fazer colaboração, já que era apontado como o líder da suposta organização criminosa. “Em momento algum orientei o mesmo a não fazer colaboração com a justiça. Só ressaltei que se fosse fazer certificasse se iria ser homologada por que até então eu entendia que de acordo com as Leis, o Chefe dos Mal Feitos não pode ser delator”, assinalou.
No encontro, o ex-governador reclamou com o senador sobre sua condição no CCC. Ele afirmou que não estava estudando ou trabalhando, e estava com o banho de sol suspenso por 15 dias por conta de uma discussão de um detento de outra ala com um agente prisional. “Diante do seu pedido de ajuda, me comprometi que iria falar com o governador Pedro Taques, com o Blairo e com o Juiz da execução Penal. E Foi o que eu fiz por entender ser Justo. Procurei o secretário Paulo Taques e tbem liguei para o juiz Geraldo Fidelis relatando os fatos”.
Cidinho disse ainda que passou mensagens de incentivo ao ex-governador. Ele diz estar com a consciência tranquila de que não fez nada de errado. “Talvez ele, Silval, deveria se envergonhar em me atrair para uma armadilha com o único fim de ligar o ministro Blairo Maggi aos crimes cometidos por ele”, pontuou.
O senador ainda saiu em defesa do ministro da Agricultura, de quem é suplente. “Já o acompanho há mais de 20 anos e o Blairo sempre foi e continua sendo meu exemplo de ética e retidão. Sobre os ensinamentos que ele me passou, procuro educar minhas filhas com muito orgulho”, finaliza.
Posicionamento de Cidinho Santos:
Caros amigos
Como este é o único Grupo que participo ligado a Mídia. Me sinto bem aqui por estar entre amigos e pessoas inteligentes que discutem suas teses e opinião de forma Democrática. Então por Respeito a vcs venho esclarecer os Fatos:
Sempre Fui solidário com as pessoas e continuarei sendo. Seja na alegria e na Tristeza. Prefiro mais estar junto na Tristeza que é quando têm menos gente por perto. Em relação ao ex-governador Silval, em função da relação o institucional que tive com ele e sua família procurei ser solidário nos momentos difíceis. Quando sua esposa foi presa, liguei para ele e me solidarizei com o mesmo. O telefone dele estava grampeado e eu fui exposto.
Enviava uma cesta de Natal de Produtos da minha empresa para o mesmo desde quando ele era vice-governador, governador e continuei enviando depois que ele saiu do mandato e até o último Natal. E isso faço com muitas pessoas por entender que os cargos e as funções passam, mas a amizade permanece.
Fui convidado várias vezes para participar do Governo do mesmo, mas recusei devido ter outras ocupações e não acreditar que o modelo de Governo implantado chegaria a um final feliz.
Sobre o episódio da minha visita ao ex-governador no CCC, esclareço que sempre tinha uma vontade de ir lá, dar um abraço nele e uma palavra de incentivo. Mas devido às constantes notas da imprensa de que o mesmo estaria prestes a fazer delação premiada, fiquei reticente em fazer tal visita e depois estar inserido em alguma situação de que eu não fazia parte.
Acontece que no mês de abril, o senador Welinton visitou o ex-governador no CCC em uma segunda-feira e na terça-feira durante o almoço em Brasília do nosso Bloco Parlamentar me informou que ficou muito consternado com a situação do Silval. Estava em depressão, doente e reclamava do abandono. Tendo inclusive citado que o Blairo nunca tinha o visitado, nem enviado um mensageiro. Citando ainda que até eu, Cidinho, que ele tinha consideração tbem não tinha dado a graça da visita ao mesmo.
Diante do que o Senador Welinton me disse, fiquei sensibilizado e disse que iria visitar o ex-governador. Entrei em contato com o Advogado do mesmo e marcamos a visita, tudo registrado no CCC. Durante a visita discutimos a situação processual do mesmo.
Em momento algum orientei o mesmo a não fazer colaboração com a justiça. Só ressaltei que se fosse fazer certificasse se iria ser homologada por que até então eu entendia que de acordo com as Leis, o Chefe dos Mal Feitos não pode ser Delator.
No episódio divulgado que prometi ajuda a Silval e está nos áudios foi em virtude de que o mesmo me disse que a Mão do Estado estava muito pesada em cima dele na Cadeia. Não podia estudar, não podia trabalhar, só podia ler um livro por mês e, segundo ele, todas estas atividades eram importantes para passar mais rápido o tempo e tempo de sua pena.
Ele ainda me revelou que devido à discussão de um presidiário de uma outra Ala com o carcereiro, foi suspendido o banho de sol por 15 dias do mesmo. Diante do seu pedido de ajuda, me comprometi que iria falar com o governador Pedro Taques, com o Blairo e com o Juiz da execução Penal. E Foi o que eu fiz por entender ser Justo. Procurei o secretário Paulo Taques e tbem liguei para o juiz Geraldo Fidelis relatando os fatos.
No mais, dei palavras de incentivo e de fé e de força citando passagem bíblicas. Se o meu gesto e ações for considerado crime, vou responder perante a Lei. Mas não me envergonho do que fiz.
Talvez ele, Silval, deveria se envergonhar em me atrair para uma armadilha com o único fim de ligar o ministro Blairo Maggi aos crimes cometidos por ele. E para finalizar, reitero as palavras do Juiz Arimateia.
Tenho convicção de que ao final, o ministro Blairo será inocentado destas falsas acusações. Já o acompanho há mais de 20 anos e o Blairo sempre foi e continua sendo meu exemplo de ética e retidão. Sobre os ensinamentos que ele me passou, procuro educar minhas filhas com muito orgulho.
Abcs
Cidinho