Atual prefeita do município de Chapada dos Guimarães, Thelma de Oliveira (PSDB) foi acusada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) de receber R$ 1 milhão em propina em troca de conceder uma emenda de R$ 10 milhões ao governo do Estado.
A declaração consta no termo de colaboração premiada firmada pelo peemedebista com a Procuradoria Geral da República (PGR) e devidamente homologada no dia 9 de agosto pelo ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o ex-governador, no exercício do mandato de deputada federal, Thelma de Oliveira articulou junto ao governo federal a liberação de uma emenda parlamentar de R$ 10 milhões de sua autoria que havia sido incluída no Orçamento Geral da União (OGU).
O dinheiro destinado a Chapada dos Guimarães foi destinado a uma obra de construção do sistema de captação, tratamento e distribuição de água no município.
A empresa vencedora da licitação foi a Nhanbiquara Construções, de propriedade da família do atual presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (PSB).
“O colaborador [Silval Barbosa] se recorda que a deputada federal TeIma de Oliveira pediu R$ 1 milhão de reais pela liberação do recurso. Se recorda que esse pagamento foi efetuado através do pagamento de uma carta de crédito realizado na SEFAZ (Secretaria de Estado de Fazenda”, diz um dos trechos da delação.
Após fracassar na disputa à reeleição na Câmara dos Deputados em 2010, Thelma de Oliveira permaneceu no ostracismo político e só conseguiu se reerguer politicamente na eleição municipal de 2016 quando foi vitoriosa na disputa pela Prefeitura de Chapada dos Guimarães ao receber 5.110 votos.