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TJ manda investigar chefe da Casa Civil por fraude em protocolo

Da Redação

A Polícia Civil investiga o secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho, por participação numa suposta fraude envolvendo o número do protocolo de um ofício assinado pelo ex-secretário de Segurança Pública (Sesp-MT), promotor Mauro Zaque, em outubro de 2015, e que denunciava um esquema de interceptações telefônicas clandestinas promovidas pela Polícia Militar de Mato Grosso (PM). A determinação foi do desembargador Orlando Perri, relator da ação que investiga os grampos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

A notícia da investigação foi veiculada no MT TV 2ª Edição desta terça-feira (29). Segundo a reportagem, a investigação do caso é conduzida pela delegada Ana Cristina Feldner.

A suposta fraude foi identificada pela Controladoria Geral do Estado (CGE), que apontou que o ofício protocolado por Mauro Zaque em 2015, foi substituído por outro documento, que tratava de um pedido da Câmara Municipal de Juara (664 km de Cuiabá). De acordo com a auditoria, antes de ser substituído, o documento ficou a disposição para análise no gabinete do governador Pedro Taques (PSDB), no dia 14 de outubro de 2015, por mais de 4 horas. Porém, as 14h56m do mesmo dia, o registro foi “cancelado”.

Seis minutos depois, o ofício da Câmara Municipal de Juara com o mesmo número do protocolo do documento da denúncia do esquema de grampos constava no sistema de registros do Governo do Estado. A CGE apontou, ainda, que o registro do ofício foi realizado na Gerência de Protocolo e Postal da Casa Civil, cujo chefe na época era Paulo Taques, acusado de mandar grampear uma amante.

José Adolpho era o adjunto do órgão. Hoje, ele é o titular

Os grampos ilegais tornaram-se públicos após a veiculação de duas reportagens do Fantástico. Jornalistas, médicos, advogados, políticos e até uma ex-amante do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, sofreram interceptações telefônicas clandestinas que teriam sido feitas por policiais militares.

O caso é conhecido como “barriga de aluguel”, onde pessoas que não são investigadas ou denunciadas sofrem os grampos, por interesses pessoais, ao lado dos verdadeiros suspeitos de processos na Justiça ou investigações das forças de segurança.  Paulo Taques chegou a ficar preso uma semana, no início de agosto deste ano. Além dele, quatro oficiais da Polícia Militar, e dois cabos da corporação, também foram detidos.

Atualmente, apenas o ex-comandante da PM de Mato Grosso, o coronel Zaqueu Barbosa, e o cabo PM, Gerson Corrêa, continuam na prisão. Ambos são considerados os principais operadores do esquema.

VAZAMENTOS

Em nota, o Governo do Estado lamentou o vazamento de informações para afiiada da Rede Globo em Mato Grosso antes mesmo dos investigados terem conhecimento. “O Governo de Mato Grosso lamenta, mais uma vez, que procedimentos judiciais e do Ministério Público envolvendo apuração de condutas de secretários de Estado sejam ‘vazados’ para a imprensa antes da notificação formal das partes. Por esta razão, sobre a eventual abertura de procedimento investigatório sobre a conduta do atual secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho Vieira, sobre o sistema de protocolo, o Governo e o secretário só irão se manifestar quando tomarem conhecimento formal do procedimento supostamente determinado pelo desembargador Orlando de Almeida Perri”,diz.

O Governo ainda disse que as investigações sobre o assunto estão sendo conduzidas. “De antemão, todavia, cabe ressaltar que a auditoria realizada pela CGE (Controladoria Geral do Estado) foi aberta de ordem do governador Pedro Taques em ato assinado pelo secretário José Adolpho, bem como a abertura de PAD (Procedimento Administrativo e Disciplinar) para elucidar as condutas dos servidores lotados no setor”, sintetiza.(FolhaMax)


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