O deputado estadual Silvano Amaral (PMDB) apresentou um requerimento feito a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) no qual comprova que ele não esteve no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) visitando o ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O ex-gestor afirmou em sua delação premiada que o parlamentar esteve na unidade com a intenção de pedir dinheiro para aprovar as contas de governo de 2014.
O deputado afirmou que a intenção do ex-governador é tirar de si o foco dos esquemas feitos na gestão passada. “Sinceramente, ele quer criar um furacão para tirar o foco dele. Nunca tive embate com ele. Votei pela aprovação das contas com base no parecer do TCE e nunca estive no CCC e posso comprovar isso”, afirmou o peemedebista.
O senador Cidinho Santos (PR) também foi citado da delação e o ex-governador apresentou um áudio no qual o parlamentar visita o peemedebista enquanto ele estava preso no Centro de Custódia da Capital (CCC). O objetivo teria sido tentar convence-lo a não fazer delação premiada após a publicação da notícia pela imprensa mato-grossense.
Segundo Silval, Cidinho teria falado em nome do senador Wellington Fagundes (PR), do senador licenciado e ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) e do Número 1, designação que utilizou para se referir ao governador Pedro Taques (PSDB). O republicano também teria informado que os políticos citados trabalhavam para anular a Operação Ararath, que revelou esquema de crimes financeiros envolvendo diversas autoridades de Mato Grosso.
A conversa com Cidinho foi gravada por Silval e anexada a delaçao premiada que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux homologou no último dia 09 de agosto. O gravador foi levado ao CCC pelo filho do ex-governador durante visita.
Cidinho afirmou que visitou o ex-governador no CCC, pois o considerava como amigo. Em momento algum orientei o mesmo a não fazer colaboração com a justiça, disse o senador. “Silval, deveria se envergonhar em me atrair para uma armadilha com o único fim de ligar o ministro Blairo Maggi aos crimes cometidos por ele”, disse o senador por meio de nota divulgada a imprensa.