O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, assegurou neste domingo (17) que o líder opositor Leopoldo López, em prisão domiciliar, participou de encontros destinados a uma negociação para acabar com a crise política no país. López, que está em prisão domiciliar, negou.
“O Sr. Leopoldo López, mesmo em sua condição de detento, participou de reuniões”, afirmou o presidente durante seu programa semanal, sem especificar as datas dessas reuniões.
“Bem sabes @NicolasMaduro que não compareci a nenhuma reunião. Estou preso injustamente, primeiro em uma prisão militar, agora em minha casa”, indicou López em mensagens no Twitter escritas por sua esposa, Lilian Tintori.
López, preso desde fevereiro de 2014, foi colocado em prisão domiciliar no dia 8 de julho por questões de saúde. Ele cumpre uma pena de 14 anos de detenção acusado de incitar a violência em protestos contra Maduro que deixaram 43 mortos naquele ano.
O governo venezuelano e a coalizão de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) iniciaram na quarta-feira (13) contatos da República Dominicana para estabelecer as bases para uma negociação.
No entanto, de acordo com Maduro, as partes estão em contato há mais tempo. “Se eu contasse o número de reuniões entre março de 2016 e 2017, poderíamos dizer mais de 100”, disse ele.
Depois de ter concordado com a participação do Chile, México, Bolívia e Nicarágua como fiadores, os delegados de Maduro e a MUD se encontrarão de novo em Santo Domingo em 27 de setembro. A oposição anunciou no sábado a incorporação do Paraguai a esse grupo.
Morte de vereador
O vereador opositor venezuelano Carlos García, que estava preso desde dezembro de 2016, morreu no domingo após sofrer um acidente vascular-cerebral, informaram sua família e seu partido. “Queremos lamentavelmente informar o falecimento de nosso vereador (do estado de) Apure, Carlos Andrés García”, informou no Twitter o partido Primeiro Justiça, do ex-candidato presidencial Henrique Capriles.