O ex-chefe da Casa Militar, coronel Evandro Lesco foi o primeiro preso da Operação “Esdras” a prestar depoimento para os delegados Flavio Henrique Stringueta e Ana Cristina Feldner, responsáveis pelas investigações dos grampos telefônicos ilegais no âmbito da Polícia Civil. Lesco é acusado de financiar o esquema de grampos ilegais e comprar o sistema sentinela usado para escutas os alvos do grupo composto por militares e servidores do alto escalão do governo.
Hoje, o advogado de Lesco disse que seu cliente não iria depor até que o inquérito que o acusa fosse disponibilizado para a defesa. Com isso, os delegados deferiram pelo pedido.
Na quinta-feira passada, Lesco foi ouvido pela Justiça Federal a pedido do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell, que investiga uma possível participação do governador Pedro Taques (PSDB) no esquema de interceptações telefônicas clandestinas, partiu do próprio Taques, que usa o argumento de que o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, não teria competência para continuar com seis processos referentes ao “escândalo dos grampos”.
Além de Lesco, foram presos, por determinação do desembargador Orlando Perri, o ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, o atual secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, a esposa de Lesco, Helen Chrysti, sargento João Ricardo Soler, major Michel Ferronato, e também condução coercitiva do empresário José Marilson da Silva.