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O Brasil deu PT

Duas notícias recentes: a)  pesquisa mostra que o Brasil tem os piores políticos do mundo, e b)  em Mato Grosso há um índice de 30% de absenteísmo entre os professores.

Publicação recente (10/17) do Fórum Econômico Mundial, que se reúne todo começo de ano em Davos, na Suíça mostrou  que o Brasil  tem os piores políticos do mundo.  Isto mesmo: o nosso país é o 137º de 137 países participantes.

Além de outros dados negativos, ficamos em 127º na educação primária e 131º  o ensino de matemática e ciência na universidade.

Sobre os funcionários públicos, quero aqui fazer uma defesa.  Eles são, sem dúvida a elite dos trabalhadores brasileiros, tanto que foram aprovados em disputados  concursos públicos, que estão cada dia menos sujeitos a fraudes, embora haja algumas ainda.

Entendo que a  produtividade deles  poderia ser muito maior. Mas aí o problema não é dos servidores, mas sim dos patrões, que são, em última instância, os  preparadíssimos políticos brasileiros que fizeram bonito no ranking de Davos.

São estes políticos que constroem a máquina pública e a regem, sem nenhum compromisso com produtividade, desempenho e assiduidade dos funcionários.

A imprensa local, na semana passada (17/10/17), divulgou que  347 professores  foram  notificados pela  Secretaria de  Educação (acionada pelo TCE)  porque, detentores de dois empregos, se afastaram de um,  o Estado, para tratamento de saúde e continuaram a trabalhar no outro, o Município.

Estima-se que  o número de faltas ao trabalho  entre  os  professores, por diferentes motivos, chega  a 30%, onerando os cofres públicos com a contratação de substitutos.

Na atividade privada  é raridade o segmento que atinge 5% de faltas. A maioria fica entre 1% e 3%.

Acrescentando o número de faltas à baixa produtividade  temos uma noção do desperdício do  dinheiro público.

O país deu PT ( perda total).  Temos os piores representantes do mundo, não  por culpa somente do PT (Partido dos Trabalhadores), mas da maioria dos políticos de todas as tendência.

Só em Mato Grosso, foram mais de 20 políticos denunciados e outros 3  estão perdendo o sono aguardando a delação do ex-deputado Riva. Dizem que foi o maior pânico quando um avião da PF pousou aqui na semana passada.

Bactérias resistentes colonizaram o meio político nacional. Trocar os deputados e senadores não resolverá  Os novos eleitos serão rapidamente infectados.

Não sei o que pode ser feito para a desinfecção, nem se é possível eliminar  a colônia sem lacrar  o ambiente. A solução pela via democrática fica a cada dia mais difícil.

Estou convencido de que a maioria de nós, se fôssemos funcionários públicos, agiríamos como eles, esforçando pouco e  desfrutando, sem condenações íntimas, os privilégios de faltas abonadas indevidamente.

Quanto à vida pública tenho uma dúvida: quantos têm resistência natural a essa contagiosa  bactéria? Mesmo porque, diferente das infecções comuns, esta favorece o hospedeiro, por isso prospera tanto.

É bom não esquecer que parlamentares e governantes, antes de serem eleitos, eram pessoas normais, que, como eu e você, condenavam a corrupção do poder.

RENATO DE PAIVA PEREIRA é empresário e escritor em Cuiabá.

renato@hotelgranodara.com.br


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