O Fórum Sindical do Estado realiza uma nova mobilização nesta terça-feira (24), a partir das 15 horas, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O objetivo é barrar a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 10/2017.
Os servidores se manifestarão mais uma vez, alegando que a PEC do “Teto de Gastos” irá congelar investimentos nas escolas, nos serviços de saúde, na segurança públicas e demais áreas sociais.
A falta de informações sobre os prejuízos que a medida trará para grande parte da sociedade, em especial as que usam os serviços de Saúde, Educação e Segurança Pública, preocupa os servidores que organizam a mobilização. “O próprio presidente da ALMT, Eduardo Botelho, faz pronunciamentos equivocados sobre a PEC 10/2017, mostrando total ignorância ou má fé sobre os impactos que ela promoverá”, argumenta o dirigente do Sintep/MT e um dos coordenadores do Fórum Sindical, Orlando Francisco.
A afirmação do líder sindical foi feita depois da divulgação de que Botelho teria dito que a PEC 10 promoverá economia de R$ 1,3 bilhões para o estado e os maiores beneficiados com o projeto seriam os servidores públicos. “Uma bola fora do deputado, pois a luta dos servidores não é para garantir melhorias individuais. Como servidor público o meu trabalho é assegurar qualidade no atendimento à população. Por isso, exigimos investimentos também nos salários. Educação de qualidade não existe sem infraestrutura, profissionais qualificados, assim como a Saúde e a Segurança”, diz.
Quanto ao argumento de que o “Teto de Gastos” disciplinará o vazamento de recursos nas contas públicas, o sindicalista aponta como ‘falácia”. “Não justifica economizar R$ 1,3 bilhões, em dez anos, as custas do sofrimento da população carente, ao mesmo tempo que beneficia com isenção de impostos os grandes empresários e o agronegócio’, diz Orlando.
Segundo o dirigente, o arrocho na sociedade servirá apenas para atender os interesses da União, ou do governo Temer, e dos financiadores de campanha. Orlando informa que ao aderir ao projeto de refinanciamento da dívida, o governo Taques multiplicará os juros já pagos em dólar, tornando a conta impagável. Ao mesmo tempo, multiplicará o pagamento do juros, com recursos que hoje já comprometem mais de 50% do orçamento do Estado.