O ex-vereador João Emanuel (sem partido) ingressou com recurso de apelação no Tribunal de Justiça (TJ) no qual requer a reforma de uma decisão que o condenou a 13 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado e ao pagamento de 186 dias-multa pela prática de lavagem e ocultação de bens, cometidos 11 vezes no período em que exerceu a Presidência da Câmara Municipal de Cuiabá, no ano de 2013.
A condenação foi dada pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, nos autos de uma ação penal que é desdobramento da Operação Aprendiz deflagrada pelo (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
O juízo de admissibilidade do recurso de apelação feito pela magistrada foi divulgado nesta terça-feira (31) e agora será encaminhado ao Tribunal de Justiça e distribuído para uma das Câmaras Criminais para julgamento dos desembargadores.
De acordo com a denúncia criminal, João Emanuel utilizou dinheiro desviado dos cofres da Câmara Municipal de Cuiabá e destinou a diversos setores, o que configura lavagem de dinheiro. Houve a aquisição de passagens aéreas para custear viagens particulares e de terceiros para Orlando (EUA), um veículo de luxo Porsche Boxter e a reforma “suntuosa” da casa de seu ex-sogro, o ex-deputado estadual José Riva.
A denúncia ressalta ainda que o dinheiro desviado se deu por meio da simulação de contratação de serviços fictícios de gráfica junto a empresa Propel, o que resultou no prejuízo de R$ 1,5 milhão aos cofres públicos.
Também recorreram das penas aplicadas pela Justiça o ex-secretário de Gestão Financeira da Câmara de Vereadores, Lucas Henrique do Amaral, condenado a três anos e oito meses de reclusão, o ex-servidor Guedey Araújo, condenado a seis anos e oito dias, e o sócio da empresa Propel, Gleisy Ferreira de Souza, condenado a seis anos e oito dias de prisão.
João Emanuel recorre contra sentença de 13 anos de prisão
Lizandra Macedo
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