A ex-secretária de Estado de Cultura e candidata derrotada ao governo do Estado nas eleições de 2014, Janete Riva (sem partido), vai prestar depoimento no dia 24 de novembro, às 15h30, à juíza Selma Arruda na ação penal em andamento na 7ª Vara Criminal de Cuiabá e relacionada a Operação Imperador deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Conforme decisão dada no dia 6 deste mês e publicada no Diário da Justiça somente nesta quarta-feira (8), Janete Riva foi devidamente intimada para comparecer a uma audiência anterior, mas não compareceu. Por isso, foi decretada à revelia para ser ouvida.
Na mesma data, também será ouvida a testemunha Cleonice Adams, viúva do ex-secretário geral da Assembleia Legislativa, Edemar Adams, já falecido.
De acordo com as investigações dos promotores de Justiça, o ex-deputado José Riva teria liderado um esquema de desvio de dinheiro dos cofres do Legislativo na ordem de R$ 62 milhões por meio de fraudes na compra de material de escritório enquanto presidia a Mesa Diretora.
Janete Riva, enquanto presidente da Sala da Mulher, teria atestado o recebimento de mercadorias, produtos e serviços que jamais foram prestados pelas empresas contratadas pelo Legislativo.
Outras 13 pessoas entre ex-servidores do Legislativo e empresário são réus na ação. De acordo com o Ministério Público, o desvio de dinheiro ocorria por meio de fraudes em licitações feitas com empresas de fachada.
O processo criminal já está na fase de alegações finais. Ou seja, todas as partes envolvidas deverão apresentar seus últimos argumentos antes de a sentença ser proferida.
Em seu último pedido, o Gaeco requereu a condenação do ex-deputado Riva pelo crime de peculato por 26 vezes, o que lhe renderia uma pena superior a 30 anos de reclusão.