A Polícia Federal (PF) encontrou armas, munições, joias e documentos durante o cumprimento de busca e apreensão nos endereços residenciais e profissionais do presidente afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Antônio Joaquim. Os mandados foram expedidos no âmbito da “Operação Malebolge”, deflagrada após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, no dia 14 de setembro de 2017, e que, além de Joaquim, determinou o afastamento de outros 4 conselheiros do órgão.
Segundo reportagem do site HiperNotícias desta terça-feira (21), foram encontradas duas armas, 61 munições e “diversos documentos”. Chamou a atenção uma pasta, com identificação do TCE-MT com os dizeres “Bomba A”. Esta pasta continha “documentos com listagens de nomes”, além de um “envelope branco” com a inscrição “Para Maura Sigiloso; Conselheiro Sérgio Ricardo e João Batista”, que também trazia documentos.
Uma das armas – um revolver calibre 38, marca Taurus, avaliado em R$ 3.798, possuiria registro válido até outubro de 2018. Já a outra, uma pistola Glock 380, que custaria em torno de R$ 8.400,00, estaria com o registro vencido desde junho deste ano.
Ao todo, 141 itens foram encontrados, sendo (80 na presidência do TCE-MT e 61 na residência de Joaquim).
Antônio Joaquim foi afastado junto a outros quatro Conselheiros – Valter Albano, Sérgio Ricardo, José Carlos Novelli e Waldir Teis -, no dia 14 de setembro de 2017 no âmbito da operação “Malebolge” (12ª Fase da Ararath), da Polícia Federal (PF). Segundo delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o grupo teria recebido propina de R$ 53 milhões para “apoiar” sua gestão, garantindo a aprovação das contas da gestão do ex-chefe do executivo, bem como o bom andamento das obras do MT Integrado.
No parecer em que é contra a recondução de Joaquim ao cargo, a Procuradora Geral da República (PGR), Raquel Dodge, destacou alguns itens apreendidos do presidente afastado do TCE-MT.