O Instituto de Pesquisa Ibope confirmou o que os mato-grossenses já vêm reclamando nos últimos anos. A saúde é a área que a população enfrenta os maiores problemas.
A segurança pública e a administração pública aparecem em segundo lugar, mas com grande margem de diferença. De acordo com a pesquisa, 37% dos entrevistados apontaram a saúde como o maior problema de Mato Grosso, enquanto 11% consideraram a segurança e outros 11% a administração pública.
A área de educação aparece em terceiro lugar, com 10%. A corrupção alcançou 9% da preocupação dos entrevistados, seguido de estradas com 7%, geração de empregos 5%, drogas 4% e abastecimento de água 3%.
Energia elétrica, rede de esgoto, imposto e taxas aparecem com 2% cada. Meio Ambiente, agricultura e transporte 1%.
Quando estimulados a apontar os três principais problemas do Estado, 68% dos eleitores disseram ser a saúde, 36% a educação e 34% a segurança pública. Geração de empregos aparece em quarto lugar, com 23%, seguida de estradas e corrupção, com 19% cada. Drogas aparece com 16%, impostos e taxas 10%, administração pública e rede de esgoto 9%.
O governo Pedro Taques (PSDB) vem enfrentando a crise na saúde pública do Estado, que se intensificou neste ano. Com os atrasos no repasse, várias cidades tiveram e ainda tem parte de seu atendimento hospitalar fechado, recebendo apenas pacientes emergenciais.
Os casos mais graves acabam transferidos para a Capital, o que sobrecarrega o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. Vários hospitais regionais e filantrópicos também tiveram a sua capacidade atendimento comprometida nos últimos meses.
A situação tende a melhorar com os recursos do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX). Taques já avisou que parte dos quase R$ 500 milhões do FEX, que deve entrar na conta do Estado nas próximas semanas, deverá ser usado para regularizar os repasses da Saúde e pagar alguns credores. A pesquisa Ibope ouviu 812 entrevistados em 30 cidades mato-grossenses entre os dias 2 a 8 de dezembro.
A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Dos 812 entrevistados, 196 são da capital, 140 da região sudoeste, 154 norte e nordeste e 322 sudeste. Foram entrevistados homens e mulheres em diversos grupos de idade entre 16 e 17 anos, 18 e 24, 25 e 34, 35 e 44, 45 e 54, 55 e 64, e 65 anos para cima.
A formação dos entrevistados varia entre até 4ª série do ensino fundamental, 5ª a 8ª série, ensino médio e superior. Foram utilizados como fontes de dados para elaboração da amostragem o Censo 2010, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD-IBGE) de 2015 e dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2016 e estudos internos.