O sequestrador Aeke Ruan Veríssimo Pereira, 19 anos, foi detido no início da noite desta quinta-feira (21), em uma ação integrada entre forças de Segurança Pública, que o localizaram no apartamento de uma tia, no condomínio Piazza Di Napoli, localizado na região do Bairro Porto, em Cuiabá.
Aeke era um dos dois últimos foragidos do caso do sequestro da empresária Milene Eubank, ocorrido na tarde de 17 de novembro, quando ela foi buscar o filho na escola. O criminoso também confessou ter participado da troca de tiros que deixou o investigador Sidney Santos Ribeiro em coma por 10 dias, após ele ser atingido por um tiro na cabeça. Sidney tentava resgatar a empresária do cárcere privado.
“Ele confessa toda a participação no sequestro da empresária e na troca de tiros. Inclusive, ele estava com uma pistola no momento da ação [resgate da empresária]”, explicou o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, da Delegacia Especializada de Repressão de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERF-VA).
Na mesma ação que ocasionou a prisão de Aeke, buscas também foram feitas ao último envolvido no sequestro, Kelves Golçalves da Silva. O trabalho de saturação aconteceu no bairro Ouro Fino, em Cuiabá, nos locais onde o criminoso supostamente estaria escondido.
Kelves é apontado como autor do tiro que acertou a cabeça do investigador Sidney. Apesar dos esforços, ele não foi localizado.
“As ações continuam até a localização de Kelves, que é o último envolvido no sequestro que está foragido”, disse o delegado Vitor Hugo.
Participaram da prisão de Aeke dezenas de policiais civis e militares. Um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), também foi utilizado na ação, que foi coordenada pelos delegados Marcelo Torachs e Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.
O caso
A empresária do ramo de telefonia foi sequestrada na tarde de 17 de novembro, em frente ao Colégio Maxi, no bairro Quilombo, região nobre de Cuiabá. Durante a ação de resgate, na madrugada do dia seguinte, houve troca de tiros e o investigador Sidney foi baleado na cabeça.
No mesmo dia, o policial deu entrada no Pronto-Socorro de Cuiabá onde passou por uma neurocirurgia para a retirada de um projétil, que atingiu o rosto dele e ficou alojado na cervical.
Ele ficou em coma por dez dias, passou por cirurgia e está internado no Hospital São Benedito, em Cuiabá. Ele já consegue falar e movimentar, parcialmente, braços e pernas.