O governador Pedro Taques (PSDB) defendeu a permanência do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), no processo eleitoral deste ano. Maggi marcou uma coletiva para a segunda-feira (26) e os rumores são de que ele vai anunciar a saída da vida política e, com isso, a desistência de buscar a reeleição ao Senado.
“Não conversei com o ministro nos últimos dias. Ele é uma grande liderança, que ajuda muito Mato Grosso em Brasília. Entendo que ele tem que ficar, mas é uma decisão pessoal”, comentou Taques.
Uma das considerações a respeito da saída do ministro é de que abririam-se as duas vagas para senador, uma vez que Maggi teria praticamente o mandato assegurado.
Questionado se a desistência de Maggi beneficiaria as articulações em torno das composições partidárias para seu projeto de reeleição, o governador se esquivou de comentar.
“Não estou pensando em eleição, só depois de comer canjica. Só depois da Semana Santa”, afirmou.
Aliados de Taques, no entanto, avaliam que a desistência de Maggi não influencie no projeto de reeleição do governador. O ex-prefeito Mauro Mendes (PSB), por exemplo, considera que as articulações políticas em torno das composições partidárias é que sofrerão reviravoltas nos próximos meses.
“Isso não muda, na minha opinião, muita coisa para o Pedro Taques no projeto de buscar a reeleição. Porque muitas pessoas não sabem direito o que um deputado faz em Brasília, ou na Assembleia Legislativa, mas um governador e um prefeito as pessoas acompanham o dia a dia, veem as entregas, o que está fazendo. No caso de uma reeleição é muito mais um plebiscito para o cidadão dizer se está contente e vai votar. Se não está contente, vai procurar outra alternativa. Então, um governador ou prefeito que vai para a reeleição, depende muito mais do bom trabalho feito e da avaliação da população”, afirmou.
“[A saída de Maggi] Muda o cenário das composições partidárias, mas seremos capazes de escolher e criar novos caminho e alternativas para as composições e para montar nesse Estado as alternativas que podem comandar Mato Grosso”, concluiu o ex-prefeito.