Os desembargadores Mariano Alonso Ribeiro Travassos, José Ferreira Leite e Evandro Stábile, aposentados compulsoriamente, geram despesas de aproximadamente R$ 90 mil mensais ao Poder Judiciário de Mato Grosso. Os dados constam do portal da transparência.
O valor bruto pago é de R$ 30.4 mil para cada. Somados, os gastos chegam a R$ 91.4 mil por mês. Descontos diversos em impostos e contribuição retiram cerca de R$ 10 mil do salário de cada um deles.
Travassos e Ferreira Leite foram punidos em 2010 com a pena máxima de aposentadoria compulsória. Eles sofreram investigação pelo envolvimento no esquema de desvio de recursos para a Loja Maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso.
Outro desembargador, José Tadeu Cury, também foi aposentado no “Escândalo da Maçonaria”, mas morreu em 2017 e não gera mais despesas.
Os desembargadores e mais 7 magistrados responderam por desviar R$ 1,4 milhão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso para cobrir os prejuízos com a quebra da cooperativa de crédito Sicoob Pantanal, criada por maçons, de 2003 a 2005, época em que o desembargador José Ferreira Leite era presidente da Corte.
Evandro Stábile foi condenado em Procedimento Administrativo Disciplinar por venda de sentença. O desembargador foi afastado do cargo por determinação judicial em 2010, quando a Operação Asafe acabou deflagrada pela Polícia Federal.
A operação investigava vendas de sentença no Judiciário mato-grossense e o desembargado restou acusado de prática de corrupção passiva quando ocupava cargo de presidente no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT).