O ex-prefeito de Cuiabá e cotado a ser candidato ao Governo do Estado, Mauro Mendes (DEM) afirmou que a gestão Pedro Taques (PSDB) ainda vive uma crise econômica que já terminou no ano passado e, por isso, os democratas precisam fazer uma profunda avaliação, principalmente, sobre o comportamento pessoal do governador caso ainda pense em retornar à base aliada do tucano.
Para Mauro, o DEM precisa olhar detalhes da atual administração, como por exemplo, as promessas não cumpridas e os resultados da gestão Taques.
“Eu defendo que o DEM faça uma profunda reflexão sobre a atual administração avaliando dos resultados, daquilo que foi prometido e não foi entregue, do comportamento pessoal desse Governo para saber se quer continuar ou seguir em outro projeto”, argumentou.
No entanto, o democrata minimiza afirmando que ainda não fez essa avaliação, mas que vê com apreensão a crise econômica vivida pelo Estado.
“Eu vejo que é um Governo que enfrenta dificuldades, que se esforça no dia a dia, tem boas pessoas lá dentro, que inclusive trabalharam comigo, mas nós não somos avaliados pelas boas ações e, sim, pelos resultados que construímos. E vejo com certa apreensão”, declarou.
Outro ponto abordado por Mauro Mendes são as dívidas e inadimplência do Governo Taques com credores e o atraso nos repasses do duodécimo dos poderes.
“Tem dificuldade de caixa, muito restos a pagar, inadimplência com os fornecedores, atraso com os poderes e na Saúde. Pelos últimos números que vi é extremamente grave e preocupante, por isso, e tem que ser explicado pelo próprio Governo”, declarou.
O ex-prefeito de Cuiabá lembra que também viveu o auge da crise e, mesmo assim, conseguiu manter salários, fornecedores e investimentos em dia, caso que não vem ocorrendo na gestão estadual que desde o fim do ano passado.
“Estive na Prefeitura de 2013 a 2016 e o auge da crise no Brasil foi em 2015, onde tivemos milhares de desempregos, a economia caiu e a arrecadação de impostos também. Em 2014, antes da crise aparecer eu fiz a lição de casa, sendo que reduzir de 23 para 17 secretarias, tomei as providências antes que a água batesse na testa e, isso, é compreender o momento que você vive e tomar as decisões certas porque a crise acabou em 2017”, observou.
Ao avaliar a gestão do governador Pedro Taques, Mauro Mendes foi enfático ao dizer que “teve crise, mas ela não é o pai nem a mãe de tudo aquilo que está acontecendo em Mato Grosso”.
“Procuro não ser leviano com ninguém. Certamente uma boa gestão ela pode minimizar os impactos de uma crise de uma dificuldade, mas tem que se compreender melhor e descobrir quem é o verdadeiro responsável nunca pode se atribuir ao governador Pedro taques Ou Silval Barbosa”, finalizou.