Mesmo depois de ter anunciado um desembarque em massa da base governista, o partido Democratas afirmou que só vai discutir uma aliança com o governador Pedro Taques (PSDB) nas eleições deste ano no momento certo.
Na quinta-feira (29), as principais lideranças do DEM minimizaram os ataques à gestão tucana e declaram que os filiados vão decidir, no momento certo, o destino da legenda em Mato Grosso.
“Isso é um assunto que compete ao coletivo do partido. O DEM não é composto apenas por Jayme, Júlio [Campos] e/ou Dilmar Dal Bosco. Na verdade, tem uma gama de filiados que precisam ter participação decisiva naquilo que acharem melhor. Mas cremos que em política tudo é possível e, por isso, não descartamos nenhuma possibilidade”, argumentou o ex-senador Jayme Campos.
Numa linha mais branda, Jayme observa que há pelo menos 75 dias de muita negociação pela frente até o início das convenções partidárias, onde os partidos anunciam as chapas para disputar as eleições.
“Esse é um assunto muito precoce ainda e que está sendo acelerado em Mato Grosso. Acho que isso só se concretiza a partir de maio. Sendo que de 15 de julho a 5 de agosto é o prazo da temporada de convenções em todo o Brasil”, disse o ex-senador.
Na mesma linha, o novo presidente do Democratas no Estado, deputado federal Fabio Garcia, destaca que os deputados da sigla continuarão a apoiar o Governo Pedro Taques até o fim deste ano, mas discussão sobre o pleito eleitoral fica separado da aliança atual.
“Nosso compromisso é ajudar esse Governo até o dia 31 de dezembro de 2018 e estamos fazendo isso. (…) Agora, eleição é outro papo, vamos discutir isso no momento adequado porque estamos, primeiramente, fortalecendo o time”, explicou.
Por outro lado, o partido tem na dianteira como pré-candidato ao Governo o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, e o ex-senador Jayme Campos, além do presidente da Assembleia Eduardo Botelho.