"> Defaz investiga fraudes em concessões de transporte; políticos e empresários são alvos – CanalMT
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Defaz investiga fraudes em concessões de transporte; políticos e empresários são alvos

A Gazeta

A Delegacia Especializada de Combate aos Crimes Fazendários e contra Administração Pública (Defaz) deflagrou nesta quarta-feira (25) uma operação para investigar um esquema de fraudes em concessões do transporte intermunicipal. São cumpridos mandados de prisão e também de busca e apreensão contra empresas do setor.

Entre os alvos estão o ex-presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos de Mato Grosso (Ager-MT), Eduardo Moura (PSD). Seu apartamento foi alvo de busca e apreensão. Ele deixou  o órgão no dia 2 de abril por determinação do PSD, que entregou os cargos ao governo, depois da sigla ter rompido com o governador Pedro Taques (PSDB). A sede da Ager também é alvo de buscas e apreensões.

Conforme as informações preliminares, entre os investigados existem políticos com prerrogativa de foro. Os mandados judiciais que são cumpridos na operação foram expedidos pelo desembargador Guiomar Teodoro Borges.

Um dos alvos é o presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário e sócio da Viação Xavante Júlio César Sales Lima. Ele é alvo de mandado de prisão temporária (5 dias) e chegou por volta das 9h45 na Defaz conduzido por policiais civis.

Max Willian, que é funcionário da Verde Transporte, também foi conduzido para prestar depoimento na sede da Defaz, bem como o empresário Éder Augusto Pinheiro (foto), sócio da Verde Transporte.

Conforme edição do jornal A Gazeta de 2012, ele ameaçava ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) naquela época, apontando fraudes na licitação do transporte intermunicipal e fazendo acusações contra a então presidente da Ager Márcia Vandoni, que segundo ele, queria beneficiar grandes empresas de outros estados na licitação do transporte intermunicipal.

Ele representou contra a licitação no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), em um processo que se arrastou até o ano passado e que visava suspender a licitação de 2012, o que foi negado pela conselheira interina Jaqueline Jacobsen.

Na época, o secretário de Estado de Infraestrutura Marcelo Duarte apontou que o interesse de Éder Pinheiro era “arrastar” a licitação para que a Verde Transportes, que vinha operando com contratos emergenciais, continuasse no mercado.

Éder Augusto foi conduzido à Defaz pelo delegado Flávio Stringueta, que não quis repassar informações à imprensa, alegando que os mandados ainda estavam sendo cumpridos.


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